Portugal não pode arcar com os custos de não aproveitar a oportunidade de estabelecer a rede ferroviária de alta velocidade, sublinhou esta terça-feira José Sócrates. Falando na apresentação do projecto do TGV, em Lisboa, o primeiro-ministro considerou que desistir do projecto «significa apenas rendermo-nos ao atraso».
Considerando que a alta velocidade é «um dos projectos absolutamente essenciais para melhorar a nossa economia e para melhorar também a nossa qualidade de vida», o chefe de Governo enumerou os custos de não estabelecer a rede do TGV. Desde logo a «acentuação do carácter periférico» do País, e o desperdício dos fundos comunitários alocados ao projecto da alta velocidade, além do retrocesso tecnológico, em suma, a diminuição da competitividade.
«Todos nós estamos suficientemente conscientes de que o futuro e os seus desafios para o País são muito exigentes», adiantou o primeiro-ministro, acrescentando que neste momento «não podemos confiar na sorte – não é uma atitude inteligente de um país que quer competir na economia global em que se encontra envolvido».
As análises de custo/benefício e os estudos ao projecto concluíram «sem sombra de dúvida que este projecto é benéfico para a nossa economia», adiantou. «Em todos os países em que foi feito este investimento, este teve um impacto muito positivo em vários sectores», acrescentou.
Em Portugal, o TGV terá «só 40% de investimento público», dos quais 38% deverão retornar ao Estado em receitas de exploração. Outros 22% do investimento deverão ser provenientes de financiamento comunitário», salientou.
O primeiro-ministro explicou ainda a escolha dos dois primeiro eixos a construir – Lisboa-Porto e Lisboa-Madrid – como sendo aqueles que se apresentam como prioritários e apresentam melhores garantias, «o que não põe de lado o projecto do anterior governo».
13-12-2005 (In "Diário Digital" - Sofia Cartó)
é despesa de capital... o verdadeiro problema do défice não está na diferença entre as receitas de capital e as despesas de capital... o grande problema do défice são, ou deveriam ser, entre as receitas correntes e as despesas correntes... o Estado não pode deixar nunca de fazer investimentos, quando os privados não têm possibilidade de o fazer.. já agora como foi que os eua saíram da crise de 30? obras públicas
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