sexta-feira, março 17, 2006

Era tempo!


16 mil camas para doentes crónicos e convalescentes
Aprovada Rede de Cuidados Continuados de Saúde a Idosos e Dependentes

A Rede de Cuidados Continuados de Saúde a Idosos e Dependentes, aprovada ontem em Conselho de Ministros, vai aumentar em 16 mil o número de camas destinadas a doentes crónicos e convalescentes, no sector público e privado. Também ontem, Miguel Cadilhe mostrou-se favorável às medidas do Governo na área da Saúde e defendeu a extinção da ADSE.
SIC.
Chamado ao Parlamento por uma interpelação do Bloco de Esquerda sobre o Serviço Nacional de Saúde, Correia de Campos destacou que a rede aprovada pelo Governo vai permitir reduzir em cinco por cento o número de camas de hospitais actualmente ocupadas por pessoas que já não necessitam de cuidados deste nível. O Bloco de Esquerda acusou o Executivo de fazer propaganda governamental e abordou questões mais polémicas, como o encerramento de maternidades anunciado terça-feira, que mereceu críticas de toda a bancada da oposição. Cadilhe defende fim da ADSE. Entretanto, Miguel Cadilhe defendeu ontem, no Porto, a extinção da ADSE, uma vez que o Serviço Nacional de Saúde é "geral, universal, e gratuito" e já abrange a função pública. Numa palestra com lotação esgotada, Cadilhe não evitou as perguntas acerca da Reforma Administrativa da Saúde e classificou como inevitável a fusão entre o Serviço Nacional de Saúde e a ADSE. Cadilhe mostrou-se favorável às reformas que conduzam ao emagrecimento e considera que o Governo está "no caminho certo" quanto à questão do encerramento das maternidades. "Para se ganhar qualidade e eficiência, no serviço de saúde, é preciso ter dimensão mínima. Admito que o Ministério da Saúde tenha concluído que algumas maternidades não atingem a dimensão mínima para garantir essa qualidade", justificou. Miguel Cadilhe encontra nas reformas estruturais uma oportunidade de investimento: destruir para criar de novo, com outra capacidade empreendedora.
In Sic online, via Sapo).
Pouco a pouco, lá vamos tendo as reformas que Portugal necessita. Essa coisa do encerramento das maternidades há muito que devia ter sido explicado aos Portugueses. Gostei de ver hoje nas televisões a Ordem dos Médicos a dar as explicações que julgo suficientes para o encerramento de muitas maternidades, aos cidadãos. Não se pode brincar nos Hospitais "aos nascimentos". Gostei de ouvir que nem tudo se cifra, neste País, por cifrões. Há critérios de ordem técnica e qualidade para as maternidades. As crianças devem nascer em segurança. Sejam criados meios de apoio para o transporte de parturientes às maternidades, para que com as novas medidas não haja uma contestação perpétua. Para isso de imediato é preciso dar formação no domínio da Obstrectricia aos Enfermeiros. Haja consciência que as enfermeiras parteiras quase desapareceram,há muito tempo. E já agora, o meu filho nasceu no velho Hospital Concelhio da minha cidade e ia acontecendo uma trajédia. A outra filha, por encerramento dos partos nessa Unidade, já nasceu fora da "terrinha". Sabem, por isso ela nunca renegou a Pátria.
Bem, também lá vou apanhar com a reforma da ADSE. Penso que é uma situação inevitável. Exija-se um Serviço Nacional de Saúde, renovado e actual. Até pode ser que com a entrada dos beneficiários da ADSE, no SNS, os profissionais de saúde e sobretudo os médicos olhem os utentes com outra cara. Muitos Médicos, à semelhança de alguns políticos ainda tratam os doentes, como fossem uns "desgraçadinhos" e incultos. Daí, a entrada da ADSE no sistema,tornar-se-á benéfica, para a correcção de mentalidades de alguns clínicos. Talvez, a prevenção da sáude seja melhorada.
Muito há a esperar dos Cuidados de Saúde Primários, ja em face de reforma profunda.

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