Cuidado!

Assiste-se por vezes nas sedes de Concelho onde a população residente não atinge pouco mais de cinco milhares, a coisas que nunca se deviam fazer. Muitas delas, são projectos megalómanos ao sabor das vaidades dos autarcas. Estes desejam transformar rapidamente as suas terras, para cunhar a sua obra na passagem pela Presidência da Autarquia, através de grandes obras copiadas de cidades com uma densidade elevada de população, plagiadas quase sempre de cidades estrangeiras. Pior, quando essas obras não encarnam o tipo de construção dominante na zona. Estas obras têm dois pecados. O primeiro, é não transmitirem nada da raiz socio-cultural das suas gentes. O segundo pecado é a difícil manutenção que as mesmas acarretam a curto prazo. O tempo vai ser de vacas magras face à nova realidade da recente lei das "finanças locais" e à nova economia que se procura para o País. Cuidado! Estes autarcas, quando os munícipes acordarem para a realidade dos custos e da ineficácia desses monstros construidos, ficarão "in memoriam" pela negativa.
Torna-se necessário, isso sim, que os autarcas propagandêem as virtualidades do seu Concelho ao mundo empresarial, de forma a atrairem grandes investimentos a custos baixos no tocante à aquisição de terrenos e isenção de alguns impostos municipais, de forma que, com a sua concretização, os mesmos arrastem imigrações. Só assim a população se renova, crescendo. Isto permite uma lufada de ar fresco em todas as actividades concelhias a começar pelo desenvolvimento do comércio local e a acabar no mercado da construção habitacional.