...uma crónica no DN, de hoje. O tempo aquece, a preguiça cresce e nada melhor do que servir este pranto bem suculento de letras, para me refugiar um pouco no escuro do quarto! Há muito que não trazia por aqui, Baptista Bastos, portador de um olho clínico enorme perante os problemas da sociedade portuguesa, sempre mais gravosos, dia a pós dia e semana, após semana, Enfim, vamos lá ler o texto:
"O
dr. Cavaco falou e disse. Disse que a troika falhara, no rude
empreendimento da austeridade, origem de todos os nossos infortúnios. Os
partidos de Esquerda tinham avisado dos perigos da proposta; porém,
economistas de todo o quilate haviam-na aplaudido com fervor. O próprio
dr. Cavaco era seu panegirista. Repetia, cheio de enlevo, que o Governo
rumava cerro. E Passos Coelho, rubro de entusiasmo, decidiu ir mais além
das exigências dos burocratas. Afinal, o plano de austeridade não
cabia, por inteiro, àqueles senhores. O Governo procedera a uma espécie
de incorporação dos seus próprios desígnios ideológicos e arrastara-nos
para esta triste situação.
A combinação do embuste com a mais
funesta manipulação dos factos tem criado novas situações de incerteza. A
democracia de Pedro Passos Coelho provoca reservas e desconfianças
surpreendentes. O desregulamento das regras e a liquidação dos
princípios republicanos consentem todas as velhacarias. Inclusive a
reprodução dos dispositivos da aldrabice. O descaramento com que o
primeiro-ministro mente já deixou de provocar assombro: suscita
repugnância. Para limitar as vias de acesso de outros ao poder, ele é
capaz de nos dizer que tudo caminha pelo melhor. A impostura fere muitos
milhares de portugueses, e indigna-os porque os humilha e castiga.
Nesta altura, o dr. Cavaco tinha a obrigação moral de apor um ponto de exclamação na mais escassa frase que pronunciasse. Atribuir à troika o grosso das culpas liberta Passos Coelho de qualquer responsabilidade. E coloca-se no supremo e imaculado papel de julgador. Além de idiota, a manobra entra nos domínios do irracional, porque já se sabe o que tem acontecido nestes domínios. Se a troika falhou, como pretende, docemente, o dr. Cavaco, que fizeram aqueles sábios que lhe seguiram o rasto e obedeceram às indicações? Quem falhou, afinal?
A charada é menos imbricada do que parece. Manifesta-se um fiasco generalizado em todas as actividades do Governo, cuja existência política já soçobrou, embora ele não reconheça nem admita. A troika, que falhou, lava as mãos das decisões eruptivas tomadas pelo Executivo; no entanto, ela age na sombra e no silêncio. E os mangas-de-alpaca que aí estão são, eles também, subalternos de uma ideologia na qual dominam os obscuros valores da finança.
A sociedade civil deixou, pura e simplesmente, de acreditar na escala local. E os esforços dos sindicatos, para inverter esta tendência, têm dado módicos resultados. Muitos de nós continuamos a acreditar que a cultura é prioritária. A cultura, entendida como actividade de relação, e como contrapoder, pode alterar, substancialmente, o sentido das coisas. Para isso, Portugal carecia de outro Presidente e de outro primeiro-ministro. E, acaso, de outra fibra."
Nesta altura, o dr. Cavaco tinha a obrigação moral de apor um ponto de exclamação na mais escassa frase que pronunciasse. Atribuir à troika o grosso das culpas liberta Passos Coelho de qualquer responsabilidade. E coloca-se no supremo e imaculado papel de julgador. Além de idiota, a manobra entra nos domínios do irracional, porque já se sabe o que tem acontecido nestes domínios. Se a troika falhou, como pretende, docemente, o dr. Cavaco, que fizeram aqueles sábios que lhe seguiram o rasto e obedeceram às indicações? Quem falhou, afinal?
A charada é menos imbricada do que parece. Manifesta-se um fiasco generalizado em todas as actividades do Governo, cuja existência política já soçobrou, embora ele não reconheça nem admita. A troika, que falhou, lava as mãos das decisões eruptivas tomadas pelo Executivo; no entanto, ela age na sombra e no silêncio. E os mangas-de-alpaca que aí estão são, eles também, subalternos de uma ideologia na qual dominam os obscuros valores da finança.
A sociedade civil deixou, pura e simplesmente, de acreditar na escala local. E os esforços dos sindicatos, para inverter esta tendência, têm dado módicos resultados. Muitos de nós continuamos a acreditar que a cultura é prioritária. A cultura, entendida como actividade de relação, e como contrapoder, pode alterar, substancialmente, o sentido das coisas. Para isso, Portugal carecia de outro Presidente e de outro primeiro-ministro. E, acaso, de outra fibra."
E que tal? Gostou?... Acrescento! Cavaco, assim como Passos Coelho vendem "gato por lebre"; conjuntamente com a venda de boa banha da cobra. Destruíram Portugal em nome de um calculismo político, estudado mafiosamente para ganhar as próximas eleições legislativas. Vai daí, ultrapassaram a própria Troyca, convencidos que o apertar do cinto trazia prosperidade a todos; em meados de 21013 e ano 2014, aliviariam a carga dos impostos tendo por obejtivo mais 4 anos de poleiro governativo. Saiu-lhes o tiro pela culatra, a vida dos portugueses piorou, com muitos índices de miséria e fome a aumentarem constantemente e ninguém sabe qual vai ser o fim desta maldita saga levada a efeito por eles, com a ajuda infinita do "algarvio" Cavaco. Como refere o jornalista, para alterar o estado caótico a que Portugal chegou, o país "carecia de
outro Presidente e de outro primeiro-ministro. E, acaso, de outra fibra." Claro! Por aqui me fico!...
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