Hoje é o dia do Turismo. Pelo Secretário de Estado do pelouro foi anunciada a escolha entre 4 bases militares (?), Alverca, Montijo, Sintra e Figo Maduro para a criação de um terminal civil para as companhias Aéreas que praticam o regime de "low cost" (prática de preços mais biaxos). Não é de admirar, já que essas companhias navegam sobretudo, rumo a Faro. Sabemos que, mesmo que o aeroporto de Ota surja daqui a 12 anos, a Portela vai rebentar e não aguenta o volume de tráfego aéreo, como aconteceu agora em Oslo, que viu o seu terminal aéreo fechado e o surgimento de um novo a cerca de 50 quilómetros dessa cidade.
Daí, para descongestionar a Portela que se queira criar um novo aeroporto na zona de Lisboa para aquelas companhias de preço reduzido e, logo, com taxas de gare mais baratas. Entendo, que nenhum dos locais apontados serve os objectivos, que aumentando o volume de tráfego logo o risco de desastre sobre Lisboa aumenta. Até ao momento nunca tivémos nenhum acidente aéreo na capital. Diz o povo que "o seguro morreu de velho e mais vale prevenir do que remediar". Eu estou de acordo com este ditado. Sabemos que Alverca é o local mais apropriado.Tem uma pista que suporta todo o tipo de naves comerciais, tem a auto-estrada e tem ainda o comboio. Seria fácil criar um ramal ferroviário que ligasse à linha do Norte. Características que não acontecem nos outros locais que neste momemto merecem o estudo da comissão nomeada há tempos para o efeito.
Pouco tenho a ver com o assunto e ninguém vai escutar o que aqui opino.Tenho a certeza de que bastantes vão ter conhecimento do meu pensamento, que já não é novo e foi ja várias vezes explicitado. Sou de parecer que um terminal para o fim desejado devia ser implantado na pista de Tancos, que sob o ponto de vista militar deixou de ter qulaquer interesse, o que já não acontece com a Base aérea de Monte Real.
Falo deTancos porque é servida por auto-estrada, a menos de uma hora de Lisboa e ainda pelo comboio, sendo só necessário alargar a linha da Beira Baixa, entre Tancos e o Entrocamento, tornando este troço mais rápido, sem prejudicar o tráfego ferroviário dessa linha. Opino ainda Tancos, porque em certo período sanzonal do ano, entre os meses de Maio e de Outubro, serviria Fátima, para certos voos "chater" de Turismo Religioso com destino ao Santuário Mariano desta localidade. Não se pode ignorar o volume de divisas entradas proveniente deste Turismo, que muitos governantes teimam ignorar, esquecendo o volume de infra- estruturas de que a cidade Altar do Mundo necessita. Em Fátima e nas localidades que a envolvem devem existir locais de lazer como complemento ao turismo religioso, de forma a que os turistas deste sector possam permanecer na zona mais dias.
Não é por acaso que Fátima tem uma enorme estrutura hoteleira, prevendo-se a curto prazo a construção de mais uma dezena de hotéis. Atrevo-me a dizer que esta cidade, depois de Lisboa e Porto, é a que tem o maior número de camas.
Finalmente, por todos os motivos apontados e só com uma cajadada, libertava-se o aeroporto da Portela, com gastos minimos para o erário público, serviam-se as companhias aéreas que praticam o regime tarifário de "low cost" e servia-se de forma condigna o segmento do Turismo Religioso que bastante contribui para o enriquecimento da economia nacional. Estejamos atentos a estes fenómenos. Estou certo de que valerá a pena.
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