"Lisboa no centro do mundo
2. Durante dois dias, Lisboa transformou-se, como os jornalistas estrangeiros sublinharam, "no centro do mundo". Passaram por cá grandes figuras político-mediáticas que, diga-se, ficaram um pouco apagadas pela sombra de Obama. E, no último dia, de Medvedev.
Para Portugal, esses dias constituíram um êxito político incontestável. A organização foi sem falhas, não houve o mais pe-queno incidente e os nossos serviços de segurança foram impecáveis. Até na maneira como acompanharam a manifes-tação pacífica que desfilou pela Av. da Liberdade e evitaram que alguns anarcas, na maioria estrangeiros, se juntassem à manifestação autorizada e a pudessem perturbar.
Num momento em que o ego português anda tão em baixo, Sócrates marcou pontos e demonstrou, apesar das dificuldades, que não devemos menosprezar, o prestígio de Portugal no mundo, que, aliás, continua em alta. Como se percebeu, pelas vozes, sem excepções, dos altos responsáveis que nos visitaram e elogiaram a hospitalidade portuguesa e a excelência da nossa organização.
Alguns comentadores habituais, tomando a sua vontade pela realidade, têm vindo a ganhar o hábito de arrasar Sócrates, em todas as circunstâncias, lançando mão de todos os pretextos. Como se estivesse na iminência de cair. É óbvio que não está, sem que haja eleições, porque se é primeiro-ministro, é por ser o líder do partido mais votado há um ano. A verdade é que, de cada vez que o atacam, Sócrates renova a sua enorme energia e surpreende pelos êxitos que consegue. Fazem mal em menosprezá-lo, sobretudo quando não se vê, a curto prazo, quem o possa substituir..."
Sem comentários:
Enviar um comentário