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1. A vitória de José Sócrates, e justamente por maioria absoluta, tal como aconteceu, ao fim de uma campanha meticulosamente programada para isso mesmo - conquistar a maioria absoluta - e não para agradar aos comentadores políticos, próximos ou não da coligação que estava no poder, muito menos para satisfazer os interesses dos partidos dessa coligação. E ponto positivo - eu diria mais muito positivo - porque este país precisava com urgência de estabilidade e de um Governo sem desculpas, para além, é claro de, corajoso, competente , rigoroso mas imaginativo, inovador, quer dizer (para citar Mário Soares) patriótico, com espírito de um Governo de salvação nacional. Com efeito, depois da indesculpável defecção de Guterres e dos supernegativos três últimos anos de governamentação do PSD, marcados pela inqualificável fuga de Durão para Bruxelas e pelo inacreditável episódio-santana, só mesmo um Governo assim poderá fazer-nos retomar o caminho do trabalho a sério, da responsabilidade, da esperança em melhores dias (que também é precisa) e da convergência possível com a Europa, com o progresso.
(parte da crónica de A .Tavres Telles, no DN de hoje)
(parte da crónica de A .Tavres Telles, no DN de hoje)