Vantagem sólida assegura maioria absoluta a Sócrates sondagem Estudo JN/TVI/Intercampus atribui ao PS 15 pontos de avanço sobre o PSD No período de um mês, só os pequenos partidos subiram, consolidando a CDU o terceiro lugar Paulo Martins Quinze pontos percentuais de vantagem sobre o PSD. O resultado apurado no mais recente estudo de opinião JN/TVI/Intercampus às intenções de voto nas próximas legislativas demonstra que o PS tem a maioria absoluta na mão. Numa fase em que a campanha eleitoral está prestes a arrancar oficialmente, José Sócrates é, aliás, o único líder com popularidade positiva - 5,1, numa escala de 10, contra 3,26 de Santana Lopes. De acordo com a sondagem, cujo trabalho de campo foi efectuado no semana passada, os dois maiores partidos perderam influência, desde a primeira avaliação das tendências do eleitorado, nas vésperas do Natal. Como o PSD registou uma quebra mais acentuada (cerca de 2,5%), dilatou-se a distância em relação aos socialistas. Um "atraso" dificilmente recuperável, porque a percentagem de indecisos já é muito baixa (12,3%). Em cerca de um mês, reduziu-se a parcela de inquiridos que ainda não decidiram o sentido de voto e, de forma mais acentuada, a dos que optam pela abstenção. Fenómenos naturais em estudos de opinião eleitoral, dada a proximidade da data do sufrágio. O mais o provável é que o grupo de indecisos - e de eleitores de outras formações - baixe ainda mais.Significativa, no caso vertente, é a constatação de que o aumento do número de votantes favoreceu os partidos mais pequenos. Com efeito, CDU, CDS/PP e Bloco de Esquerda registam subidas percentuais, com especial expressão no que diz respeito aos comunistas. A CDU, que na primeira sondagem alcançava o terceiro lugar por uma unha negra, consolida agora a posição. A avaliar pelas respostas dos inquiridos, a liderança de Jerónimo de Sousa tem vindo a afirmar-se, embora o sua popularidade se quede pelos 3,24. Se da dupla vertente da estratégia - afastar a Direita do poder e impedir a maioria absoluta do PS - só uma parte deverá concretizar-se, uma vez que José Sócrates parece em condições de constituir Governo sem carecer de alianças, a verdade é que a CDU supera já o resultado alcançado há dois anos (7%).Democratas-cristãos e bloquistas disputam o quatro lugar. A escassa vantagem de 0,3% favorável ao CDS/PP não lhe dá garantias de superar o BE. E, pelo menos para já, está longe do objectivo traçado por Paulo Portas alcançar 10% e superar a votação conjunta dos dois partidos mais à Esquerda do espectro político. Más notícias, portanto, para um líder cujo índice de popularidade é o mais baixo de todos, nesta sondagem: apenas 2,72.O voto socialista é mais feminino e o bloquista tendencialmente masculino. O PS está solidamente implantado no grupo de eleitores com mais de 55 anos. Porém, o maior "fosso" em relação ao PSD (quase 20%) regista-se na faixa 35-44 anos. Votassem apenas os jovens e, pelo contrário, Santana e Sócrates ainda disputariam taco-a-taco a vitória. A ideia de que a base eleitoral dos comunistas é predominantemente idosa não encontra guarida neste estudo. Com efeito, na faixa etária 35-54 anos a CDU obtém melhor score. Já o CDS/PP apresenta a mais uniforme distribuição etária. Finalmente, dois dados sobre o BE que talvez surpreendam. Primeiro não é a juventude a mais sensível à mensagem política do partido. Segundo: Francisco Louçã, com 3,82, é o segundo líder mais popular.
sexta-feira, fevereiro 04, 2005
Sondagens, no "Jornal de Notícias.
Vantagem sólida assegura maioria absoluta a Sócrates sondagem Estudo JN/TVI/Intercampus atribui ao PS 15 pontos de avanço sobre o PSD No período de um mês, só os pequenos partidos subiram, consolidando a CDU o terceiro lugar Paulo Martins Quinze pontos percentuais de vantagem sobre o PSD. O resultado apurado no mais recente estudo de opinião JN/TVI/Intercampus às intenções de voto nas próximas legislativas demonstra que o PS tem a maioria absoluta na mão. Numa fase em que a campanha eleitoral está prestes a arrancar oficialmente, José Sócrates é, aliás, o único líder com popularidade positiva - 5,1, numa escala de 10, contra 3,26 de Santana Lopes. De acordo com a sondagem, cujo trabalho de campo foi efectuado no semana passada, os dois maiores partidos perderam influência, desde a primeira avaliação das tendências do eleitorado, nas vésperas do Natal. Como o PSD registou uma quebra mais acentuada (cerca de 2,5%), dilatou-se a distância em relação aos socialistas. Um "atraso" dificilmente recuperável, porque a percentagem de indecisos já é muito baixa (12,3%). Em cerca de um mês, reduziu-se a parcela de inquiridos que ainda não decidiram o sentido de voto e, de forma mais acentuada, a dos que optam pela abstenção. Fenómenos naturais em estudos de opinião eleitoral, dada a proximidade da data do sufrágio. O mais o provável é que o grupo de indecisos - e de eleitores de outras formações - baixe ainda mais.Significativa, no caso vertente, é a constatação de que o aumento do número de votantes favoreceu os partidos mais pequenos. Com efeito, CDU, CDS/PP e Bloco de Esquerda registam subidas percentuais, com especial expressão no que diz respeito aos comunistas. A CDU, que na primeira sondagem alcançava o terceiro lugar por uma unha negra, consolida agora a posição. A avaliar pelas respostas dos inquiridos, a liderança de Jerónimo de Sousa tem vindo a afirmar-se, embora o sua popularidade se quede pelos 3,24. Se da dupla vertente da estratégia - afastar a Direita do poder e impedir a maioria absoluta do PS - só uma parte deverá concretizar-se, uma vez que José Sócrates parece em condições de constituir Governo sem carecer de alianças, a verdade é que a CDU supera já o resultado alcançado há dois anos (7%).Democratas-cristãos e bloquistas disputam o quatro lugar. A escassa vantagem de 0,3% favorável ao CDS/PP não lhe dá garantias de superar o BE. E, pelo menos para já, está longe do objectivo traçado por Paulo Portas alcançar 10% e superar a votação conjunta dos dois partidos mais à Esquerda do espectro político. Más notícias, portanto, para um líder cujo índice de popularidade é o mais baixo de todos, nesta sondagem: apenas 2,72.O voto socialista é mais feminino e o bloquista tendencialmente masculino. O PS está solidamente implantado no grupo de eleitores com mais de 55 anos. Porém, o maior "fosso" em relação ao PSD (quase 20%) regista-se na faixa 35-44 anos. Votassem apenas os jovens e, pelo contrário, Santana e Sócrates ainda disputariam taco-a-taco a vitória. A ideia de que a base eleitoral dos comunistas é predominantemente idosa não encontra guarida neste estudo. Com efeito, na faixa etária 35-54 anos a CDU obtém melhor score. Já o CDS/PP apresenta a mais uniforme distribuição etária. Finalmente, dois dados sobre o BE que talvez surpreendam. Primeiro não é a juventude a mais sensível à mensagem política do partido. Segundo: Francisco Louçã, com 3,82, é o segundo líder mais popular.