quarta-feira, março 14, 2007

Acontece!

ÀS 21H56, hoje dia 13/03, passei perto do Centro de Saúde de Ourém, por uma ambulância com a marcha assinalada que, de certeza, se dirigia para o mesmo. Daqui a quatro dias como será?...os habitantes do Concelho de Ourém necessitam de ser esclarecidos. Ou viverão numa terra de surdos e de mudos? Às vezes, penso que sim. Serei só eu a pensar desta maneira?...os doentes da noite, em situação de emergência, terão que partir para os concelhos vizinhos, com hospital. Qual?...Alguém informa? "Acontece", perdoe-me, o Jornalista Carlos Pinto Coelho. Vai acontecer e os impostos não vão descer para os cidadãos que necessitarão, no futuro, de se deslocarem fora, de noite, por questões de saúde. Estas gentes que verão os seus SAP´S encerrados à partida têm, quase sempre, um aumento de despesas com os transportes, porque conscientes, nem sempre vão recorrer aos Bombeiros.
O Poder teima em tratar o cidadão como analfabeto. Esse Poder que tenha paciência porque o português de hoje è um homem com direito à cultura, e que gosta de ser bem tratado e sabe, ainda, ser cidadão. Apela-se ou não à cidadania de cada um? Claro que sim. Então, todos temos direito a tratamento igual, sem qualquer tipo de discriminação.
Acontecerá que, em questões de impostos, neste País, iremos ter cidadâos de primeira e cidadãos de segunda. Os cidadãos de segunda serão aqueles que irão ter impostos indirectos, como este dos transportes na busca de um hospital. Safem-se, destes aglomerados profissionais , quem puder. O que diria D.Sancho I, que foi cognominado o "Povoador"? Apelaria aos jovens para ficarem porque o interior do País precisaria de sangue novo e que problemas destes e outros semelhantes teriam resolução.
É pena, penso eu, em não ver ninguém interessado em lutar por uma "Urgência Básica" nestas terras da Fada Oureana e em tantas outras que reunam as condições para um serviço de Saúde deste tipo. Não sei já, se a culpa é dos autarcas, se dos conterrãneos instalados à sombra do Governo, em diversos cargos públicos e que pouco dão a cara. Quem quiser que ajuíze. Saberemos esperar e julgar!