segunda-feira, dezembro 12, 2011

Ainda a cimeira de 9 de Dezembro


Todos desejam a Europa com o euro, mas cada vez mais a boa miragem do velho continente está a desaparecer do horizonte do povo europeu. A orquestra regida pela D. Mérkel e pelo baixinho francófono prepara-se para criar uma coisa que ninguém parece perceber muito bem, apesar de tal embrulho ter uma gestação com alguns meses nessa barriga do muito famoso casal "Mercozy", após um pulo rápido de coelho entre cortinados escuros imperiais, lá para os lados do Sena, à boa maneira da Duquesa de Mântua e de Miguel Vasconcelos. Que recordações alucinadas para o Manuelinho de Évora! A maioria dos primeiros-ministros europeus, quais pajens, de tantas vénias contínuas feitas a essa "barriga de aluguer", alongada em forma de bazuca de cor verdete, ainda não perceberam que a paridela será de um nado morto, tantas são as parolices tacanhas dessa contra-natura união, de tal forma deformada e refém da economia do capital, que após se proceder atabalhoadamente à sua sepultura, causará, entre os europeus, grandes choros e incompreensões.

A Inglaterra pela mão de Cameron recuou ao tempo da "lady" Thacher, dando a perceber que da Europa moribunda nada espera, apesar do seu companheiro de coligação governamental Nick Clegg, assim como o líder dos trabalhistas Ed Milibnad, parecerem estar do lado da Europa moribunda. Certo é que David Cameron tem a maioria do povo inglês do lado da sua tomada de posição.

Parece que aos Bancos Centrais de cada país restará editar as suas moedas, abandonadas e destruídas, quando o euro, essa moeda de grande esperança para os europeus-sobretudo da solidariedade, entrou em funcionamento em 1 de Janeiro de 2002.

Quem se lembra de uma notita de vinte escudos? Muitos, de certeza! Porém, com uma nota de vinte na "pataqueira" ninguém chegará a lado nenhum. Recomenda-se aos fabricantes de marroquinaria inspiração para o "designer" de novas carteiras, nos velhinhos porta-liras italianos.


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