terça-feira, dezembro 06, 2011

Estado de espírito


Normalmente estou de acordo com Ferreira Fernandes, hoje não posso estar! Há muito que a maioria de quem trabalha por conta de outrem e os pequenos empresários deixaram de pouparam. Nunca nenhum governo eleito procurou modificar o estado corporativista do Estado Novo, logo a base democrática não podia assentar em tais alicerces. Tornou-se otimo, aos políticos mentirem através das diversas campanhas eleitorais, enganando-se eles próprios mutuamente e o povo de forma descarada com vãs promessas. Consequência, muitas conquistas irreais alcançadas ruíram ao primeiro sopro económico forte-o que começou a acontecer há acerca de dois anos, por falta de realizações reformadoras conduzentes a uma vida democrática transparente, respeitando os princípios do acesso de todos igualitário à participação da vida colectiva, para que o crescimento de cada cidadão livre conduzisse cada português a ser construtor consciente do seu país.

Decorridos pouco mais de três décadas e meia de democracia, os oposicionistas coerentes com as suas ideologias ao antigo regime, de diferentes cores partidárias, foram substituídos por burocratas ideologicamente pouco convictos, tornando-se, ano após ano, mais incapazes, muitos deles com verdadeira votação para agiotas.

Em nome da democracia, tais " políticos controleiros" tornaram-se uns democratas miseráveis e atiraram com o povo para a miséria, quando este se julgava libertado inconscientemente. Valia uma sociedade sem oportunidades iguais para todos, onde o consumo desenfreado era rei, virtude que adormecia os eleitores. Logo aos portugueses, ganhando pouco e atirado às feras do consumo, não lhes era acenada uma poupança realista com os seus proventos mensais, discordando do jornalista, pelo que o que resta à maioria dos portugueses para que Portugal saia da encruzilhada económica difícil em que se encontra, será sofrer, mas não resignadamente.

Urge a todos estar atentos, exigindo patuamentos democráticos aos políticos, onde o compadrio não seja possível e reconstruir uma democracia consciente participada por todos, onde a opção politica de cada um conduza à eleição de verdadeiros estadistas que sintam o palpitar de todos os cidadãos. Se tal não acontecer, continuaremos eternamente a chafurdar num buraco de lama, sem saída. Haja calma!!

Este texto pode não ter nada de parecido com aquilo que normalmente escrevinho, acredito. Enfim!


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