quarta-feira, junho 20, 2012

Para pensar!


Para aperitivo deixo três nacos da crónica do Dr. Soares, ontem no DN:

"Para além da Grécia, da Irlanda, de Portugal e de Chipre, o novo Estado que abala e fez estremecer a Europa é agora a Espanha. E mais discretamente, mas não menos gravemente, a Itália. São duas grandes economias em estado de choque no plano bancário, mas não só: com grandes dificuldades, que tornam o futuro incertíssimo."

"Neste início do segundo ano do atual Governo, as dificuldades avultam em todos os sectores. Alguns ministérios estão paralisados, não atendem nem respondem às pessoas que os solicitam. Tirando as Finanças, cujo principal objetivo é fazer cortes sobre cortes, que atingem fundamentalmente os trabalhadores e a classe média, criando cada vez mais desempregados, o Governo ignora a pobreza crescente, vende sem diálogo prévio o património, fecha Tribunais, contra a vontade das populações, aperta, quanto pode, as câmaras municipais e as freguesias, criando-lhes um futuro muito inseguro e incerto, encerra ou quer encerrar um símbolo, para tantos portugueses, como a Maternidade Alfredo da Costa - com que vantagem? - e vários outros hospitais públicos, porque os privados são, quanto possível, acarinhados, ignora a dignidade do trabalho e a importância do serviço público e social, que estão a ser destruídos aos poucos. Para onde vamos parar?"

"A verdade é que o Governo está cada vez mais isolado e está a perder o crédito aos olhos da maioria dos portugueses. O mal-estar é crescente e não se faz nada para mudar a situação. A crise global é tida como uma fatalidade para Portugal, quando se sente por toda a Europa que as medidas de austeridade têm de ser combatidas para salvar o euro e dar um novo impulso ao projeto político, social e económico europeu. Se assim não for, de resto, o futuro da União Europeia será uma verdadeira tragédia... 

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