Folhetins!

Os jornalistas deixaram de ter em primeira mão factos políticos que eram divulgados noutros governos a 3 ou 4 semanas do seu anúncio oficial. Por um lado, compreende-se a ansiedade gerada naqueles profissionais, agravada por a informação estar ao serviço do grande capital, que lhes paga. Por outro lado, não se compreende que esses profissionais num estado democrático dêem direito de antena a pessoas que afirmam que não cumprem isto ou aquilo, contrariamente ao que está estabelecido na lei. Sabemos bem da guerra de audiências entre os "media". Cada vez mais direita e esquerda se confundem, afirmam muitos. Porém sou levado a afirmar que tenho algumas saudades dos jornais cujo director estabelecia uma linha de orientação. Tínhamos jornais democráticos e plurais.
A informação do tipo apontado anteriormente e o futebol que nos invade diariamente de cá e de fora são atirados em catadupa a todos os cidadãos, contando sobretudo com os mais desprevenidos: sabem os jornalistas. Vejam, a título de exemplo, hoje o Chelsea de Mourinho iria ser campeão, se... (parece que não foi). Tudo serve para distrair os portugueses, como se a vida democrática do País não tivesse coisas mais importantes. Parece que vivemos no tempo da "outra senhora". Só falta à sociedade uma festa tipo "Patiños", pois circo já temos cheio de celebridades. É um fartar vilanagem.!Venham muitos folhetins, made in Portugal.