Hoje, neste País, podemos dizer que a palavra fascista é usada em manifestações ruidosas à laia de caracol cujos "cornitos" deambulam de um lado para o outro martirizando-se. É uma clamante ofensa a um passado de luta comum de tantos cidadãos, só que a maioria deles é amante do pluralismo democrático: esteve há décadas contra a invasão do então povo checo, esteve contra a reforma agrária totalitária no Alentejo, que se tornou num desastre nacional, silenciando muitos sonhos que ansiavam por uma sociedade mais justa. Está contra todo o totalitarismo que impeça uma comunidade de escolher plural e livremente a sua forma de Sociedade, como está ainda contra o poder totalitário em Cuba ou na Birmânia. É vergonha que esse passado heróico seja sujo ainda por uns tantos, sem respeito pela memória de muitos que sacrificaram a sua vida e a de familiares por um Portugal democrático e livre de peias.