terça-feira, outubro 31, 2006

Cognome!

Marques Mendes - "O Sindicalista".
Hoje, o líder do PSD falando das reivindicações dos Professores assemelhou-se a um líder sindical desgastado. Ah!





Sporting!

A esperança continua!




Foto: in site do Sporting

segunda-feira, outubro 30, 2006

Transportes Escolares!










Em Lisboa, hoje, a PSP está a controlar a segurança dos transportes escolares. A lei que regula esta actividade ainda é uma criança, e já está a ser fiscalizada. Será que vamos deixar de ser um País onde havia muita e muito boa legislação, mas ninguém cumpria? Acredito que sim; a mudança está em marcha! Neste caso, as crianças agradecem.
Foto: in "Diário Digital".

domingo, outubro 29, 2006

TGV, aproveitar!

O TGV vai passar pela cidade Leiria. Está na altura de surgir um "loby" para que a partir daquela cidade seja criada uma ligação ferroviária ao "Centro interior", com ligação à linha do Norte. O Turismo religioso de Fátima sairia a ganhar atendendo, como está anunciado, que o comboio de "alta velocidade" passa por Ota, futuro Aerorporto de Lisboa.
A Estação com mais condições para receber esse novo troço ferroviário, na linha do Norte, afigura-se-me que é a de Caxarias, no Concelho de Ourém. Aos autarcas Oureenses cabe criar uma via rodoviária moderna e rápida, que ligue esta Vila á cidade de Fátima. Cabe ainda, demonstarem ao Governo da Nação o volume de divisas que entram no País, via Turismo religioso e outras potencialidades existentes, como sejam aquíferas, sitas em grande parte do Concelho, mas com maior incidência no Agroal, nascente do Nabão, em estado de sub-aproveitamento.
Juntos todos os ingridientes, não será dificil cumprir estes objectivos, tão necessarios ao desenvolvimento do Concelho de Ourém e outros limíttrofes, inseridos já na zona do Pinhal.
A palavra é, aproveitar!



Foto: www.olhares.com

sábado, outubro 28, 2006

Bom fim de semana!

Sem palavras.

Autor da foto: desconhecido

Expectativa!

Acabou a campanha eleitoral interna no Partido Socialista. Socrátes até pode ser reeleito Secretário Geral do PS, em Santarém, onde decorrerá a reunião magna Socialista, numa missa bem afinada. Espera-se que tal não aconteça! Os tiques menos próprios que advêm do poder govenativo actual, comum a todos os Partidos quando ocupam essa cadeira, não podem prejudicar o debate interno necessário. O debate é imperioso, não só para o aperfeiçoamento da Democracia, mas sobretudo para uma maior eficácia governativa necessária às reformas de que o País carece, numa prespectiva de um futuro digno para os cidadãos Potugueses.
Porém, surge outra expectativa! Para onde mobilizará agora o PCP os seus militantes, já que Socrátes não fará mais reuniôes com os militantes Socialistas. As "arruaças" surgiram de forma comandada e foram demais. Não sei quem ficou desgastado, se o Primeiro Ministro ou se a central sindical às ordens do Partido comunista. É uma central de gente velha! Em Democracia os mandatos são para ser cumpridos integralmente e no final do ciclo virá nova campanha eleitoral, servindo de teste aos que ocuparam o poder e aos partidos da oposição. Alguém, após o acto eleitoral, ocupará a cadeira do poder. Fazer oposição não significa fazer arruaças.
Todos os Partidos por mais minoritários que sejam têm e devem intervir no nosso tecido democrático, através do Parlamento, através da Informaçâo que deve estar à disposição de todos e de accões civilizadas junto dos seus militantes ou outras, voltadas para uma mobilização séria da Comunidade, numa sociedade plural como a nossa.
Só o comporatmento democrático dos Partidos minoritários travará uma reforma eleitoral, pela participação positiva junto da população, exigindo respeito democrático aos Paridos maiores, para que todas as forças partidárias, em actos eleitorais tenham representavidade no Parlamento, sem a eliminação de nenhum Partido. Lá diz o ditado "há doenças que matam".












Foto: de um site do PS

sexta-feira, outubro 27, 2006

Comboios de alta velocidade!

Os comboios de alta velocidade andam por aí. Será desta vez?...Estão anunciados e até contemplam Ota, para além de Vigo...desta é que o pessoal vai aquela cidade espanhola comer uma boa posta de "merlusa" acompanhada do bom "aceite". E o vinho? Vai do Douro, claro!



quinta-feira, outubro 26, 2006

Inundações!

A água saiu à rua. Molhou e remolhou montes de cimento e quase todos fizeram tardes de glória de muitos autarcas. Muito maior foi essa glória se ocorreu no tempo da fanga das castanhas, desculpem em período eleitoral. E hoje?...estalou tudo e o País tremeu perante uma chuva que ainda não é invernosa.
Arquivo CM


Uma procupação!

Segurança Social: Complemento Solidário chega a 17 mil idosos
Cerca de 17.000 idosos com mais de 80 anos recebem actualmente o Complemento Solidário para os Idosos, afirmou esta quarta-feira o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, José Vieira da Silva.

Vieira da Silva, que falava nas comissões parlamentares de Trabalho e Segurança Social e Orçamento e Finanças, adiantou que ainda há candidaturas em fase de apreciação.

Sem querer avançar qual o número de idosos que poderão beneficiar desta prestação extraordinária no próximo ano, Vieira da Silva apenas disse que as verbas previstas para o Complemento Solidário passam de 35 milhões de euros, em 2006, para 90 milhões de euros, em 2007.

«Isto quer dizer que esperamos atingir umas dezenas de milhares de idosos», sublinhou o governante aos jornalistas, após a audição na Assembleia da República sobre o Orçamento de Estado para 2007.

O Complemento Solidário para os Idosos é uma prestação extraordinária destinada àqueles que tem uma reforma inferior a 300 euros mensais, sendo que em 2006 apenas se puderam candidatar os idosos com mais de 80 anos.

No próximo ano, todos os idosos com mais de 70 anos vão puder candidatar-se à prestação social, ao contrário do inicialmente previsto que permitia o acesso apenas aos idosos com mais de 75 anos em 2007.

O alargamento da faixa etária já no próximo ano foi uma alteração introduzida pelo Governo este mês através de um decreto-lei aprovado em conselho de ministros.

Diário Digital / Lusa

25-10-2006

terça-feira, outubro 24, 2006

Braço de ferro!

Um braço de ferro vai recomeçar com os testes da coincineração envolvendo autarquias e populações.
Atenção "medias", já que o Governo prima e muito bem, no meu entender, por ocultar muitas das medidas a tomar à informação, antes do tempo julgado oportuno para serem publicitadas, aqui têm matéria prima para uns nacos de informação "populuxa". Ao ataque, please!

Ver: http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1274401&idCanal=21

segunda-feira, outubro 23, 2006

Verdade nua e crua!

Vale a pena ler no vizinho "jumento" o post de hoje, Eleições, Sondangens e Manifestações.

Contra a maré!


Manifestação de trabalhadores (Foto João Relvas/Lusa)
Manifestação de trabalhadores (Foto João Relvas/Lusa)

Todos exigem reformas do Governo. Mentira, exigem reformas desde que as mesmas não entrem na sua horta. São as entidades patronais e os Sindicatos. Ambos têm os seus "lobies" na nossa Sociedade. Se o Governo atendesse aos "lobies" não reformava, como aconteceu com todos os Governos que antecederam Sócrates, não deixando que o País se modernizasse. Cuidado! Foi sempre a voz das hostes, receosas, partidárias que imperaram. Façam as reformas e depois serão corridos. Tal aconteceu e nemhum 1.º Ministro reformou.
Os Governos foram cedendo. Sócrates não cede. Muitas são as exigências dos diversos Sectores da Sociedade. Os Jornalistas até falam de semanas negras do Governo, conjuntamente com os analistas políticos, como aconteceu com na semana passada. Ambos também vão perder regalais. Pois é! Falo da Caixa de Previdência dos Jornalistas e outras.
A maioria dos portugueses, a maior parte anónima, deseja que Sócrates continue a não ceder. É preciso reformar para que se construa riqueza e que a mesma não seja só para os protegidos que têm voz para sairem à rua, instigados e comandados pela Intersindical, sempre com os mesmos dirigentes desde o 25 de Abril, quase todos reformados, sem deixarem de segurar os seus "jobs". Agora, os privilegiados têm também a ajuda de muitos autarcas que também vêm fugir algumas beneses com a nova lei das Finanças Locais.
Para não restarem dúvidas vejamos o site da Caixa Geral de Aposentações. Veja-se em "lista de aposentados" do Mês de Novembro "novo", qual é a classe que tem maiores reformas e que mais "manif's" faz; é a classe dos professores, na rúbrica Ministèrio da Educação. Sabem, habituaram-se a vir à rua antes de qualquer OE aprovado. Meteram medo aos Governos e todos chegavam ao topo da carreira, sem muitos o merecerem. Compreende-se com tal visita, quando as reformas atingem algumas dos "ditos" sectores profissionais, porque é contestação salta para as ruas.
Sócrates está contra esta maré. Ainda bem!

domingo, outubro 22, 2006

Cimento a mais!

Não há dúvidas que o País tem sido fustigado por muitas chuvas e muito vento, nestes últimos dias. Mas, também não tenho dúvida de que há cimento a mais não só nas nossas cidades e vilas, como também já nas aldeias. Em nome de um progresso (?) lá se vai barrando tudo com cimento. Rios, ribeiras e ribeiros vão desaparecendo; vêm os temporais e todos se queixam. Para quando uma boa colaboração entre as Autarquias e Ministério do Ambiente?...As Autarquias não podem continuar a queixar-se do M. do Ambiente e vice-versa. Exige-se planeamento e convergências de acções por parte destas Entidades. Não se pode fazer conta que o aquecimento global não existe. Já o temos! Há que contrariar a foto abaixo. Muito tem que mudar pelas Entidades licenciadoras ou continuaremos a ter fotos muito piores.



(Foto: Jornal Correio da Manhã)

sábado, outubro 21, 2006

Sem palavras!

http://photos1.blogger.com/blogger/2585/1585/1600/untitled.0.jpg

( Foto: fotográfo desconhecido)

sexta-feira, outubro 20, 2006

Tempo de espera!

O Secretário de Estado da Inovação (?) veio ontem dizer aos "media" que o dia anterior tinha sido um mau dia (azedume tecnocrático?) para ele. Eu chamarei outra coisa quando a personalidade disse mais ou menos que os portugueses eram caloteiros, quanto ao pagamento da energia de consumo doméstico: a culpabilidade é sempre dos outros. Todos ou quase todos os portugueses pagamos o consumo de luz, mensalmente. Quando assim não acontece, a EDP não se esquece de cortar o fornecimento aos devedores.
Desde dessas declarações desastrosas do membro do Governo, tenho estado à espera que o homem se demitisse. Passado todo este tempo de espera, devem ser os portugueses a pedir a sua demissão. Recordo, que num Governo do Professor Cavaco Silva, penso que de maioria absoluta, um membro do seu Governo foi para casa pela famosa anedota do "alumínio". Serei exagerado?

Mau tempo, hoje!

Fonte do IM refere que hoje:
Segundo este organismo, «as regiões Centro e Sul, sobretudo a Estremadura, Ribatejo e Alto Alentejo, serão mais atingidas a partir do início da manhã e até ao meio da tarde, prevendo-se quantidades de precipitação acumulada em seis horas semelhantes» às das outras regiões afectadas pelo mau tempo.
In:D.Digital

quarta-feira, outubro 18, 2006

OE 2007!

Nos "media" surgem constantemente, nos noticiários e em debates com coficiente de intelegência elevada por parte dos intervenientes, a defesa das "classes" que vão perder benefícios, atacando mais do que defendendo o OE 2007, proposto e para aprovação. E aqueles que nunca tiveram benefícios? Quando têm tempo de antena?...coitados, dos cidadãos anónimos!
Hoje, por acaso falei com um trabalhador que tem 3 filhos. Ele ganha 600€ mensais e a mulher o salário mínimo. Em uma das escolas frequentada por um descendente, diz ele, "nem os papéis para o subsídio" lhe quiseram aceitar. Disse! Afirmou ainda que para ir trabalhar e a esposa tem que ter dois carros, logo dois seguros, para além das outras despesas, como sejam os tão onerados combustíveis. Este cidadão e quase todos os outros, não podem fazer greve, nem têm aparição mediática nos "media". Sabemos!
São estes cidadãos que pagam impostos e nem tão pouco têm subsídio escolar para os filhos, nem direito a residência universitária, se os mesmos frequentarem o Ensino Superior. Os filhos dos outros, que não pagam impostos têm direito a tudo e as maêzinhas em "brutas" máquinas vão levantar orgulhosamente os subsídios às escolas, matutando; "coitados, se não fosse a minha esperterza e do meu "home" não me "desenrrascava", os outros também que se "desenrrasquem", pois!" É este País que não queremos, nem estes tipo de ciadadãos. Todos devemos combater um Estado onde há desigualdades, corrupção e injustiças. Venham lá as reformas e exija-se aos governantes as mesmas oportunidades para todos os portugueses. Lubrifique-se, de imediato, a máquina administrativa do País: menos pesada e mais eficiente. Neste País democrático não pode haver lugar a uma economia paralela.
P.Scriptum: sempre escrevi. Será que o tempo vai melhorar?

Hoje não escrevo!

Como este tempo chuvoso vem sempre acompanhado de grande preguiça, fui dar uma espreitadelao ao "JUMENTO". Que o autor me perdoe!

JUMENTO DO DIA


Coelho vem à caça a Lisboa

O euro-deputado Carlos Coelho, do PSD, vem a Lisboa ouvir o Governo e algumas entidades públicas a propósito dos voos da CIA. Porque motivo Coelho não tira um dia para ouvir Durão Barroso antes de vir a Lisboa?

Se o objectivo da viagem fosse saber o que o Governo Português pensa sobe o assunto ou sobre a utilização do território nacional pela CIA a viagem faria sentido, mas tratando-se de uma comissão de inquérito o euro-deputado do Parlamento Europeu deveria começar por interrogar os responsáveis políticos de então.

O presidente do Parlamento Europeu deveria explicar-nos se acha que é aceitável a comissão seja presidida por um euro-deputado que foi incluído na listas de candidatos do PSD às eleições europeias por Durão Barroso, o responsável pelo governo na época dos acontecimentos e actualmente presidente da Comissão Europeia.

Mais grave para Europa do que o governo português ter permitido os voos da CIA, seria o responsável por essa autorização presidir hoje à Comissão Europeia.

terça-feira, outubro 17, 2006

Raiva!

Tenho uma grande raiva. Como é que se gasta tanto dinheiro em guerras quando há crianças, mulheres e homens com fome?...Mais raiva, quando países onde grassa a fome gastam todos os seus recursos em material bélico, nomeadamente nuclear. Apetece-me cuspir na cara dos dirigientes hediondos desses países. Ai se houvesse Deus!...

segunda-feira, outubro 16, 2006

O "post" anterior!

Deleito-me com determinadas análises como o "post" anterior, da Prof.ª Manuela Arcanjo! As análises deste tipo só surgem, porque o Estado teima em manter um sistema privado de Saúde para os seus empregados. Claro, que este sistema vem do Estado Salazarento, que teima ainda em não reformar-se mais rapidamente, devido aos lobies existentes no Sector Público, como se muitas das reformas fossem possíveis de adiar, numa Administração que tem de ser eficiente. Que se reforme tudo de uma vez por todas e que a Administração Pública passe a ser uma máquina que funcione, o mais depressa possível, de que todos os cidadãos necessitam e apta a servir toda a população em circunstâncias iguais. Com uma máquina humana eficiente, prestável e trabalhadora os funcionários deixariam de ser odiados pela população e de serem um mal desejado. O seu poder de compra nas crises alivia, quase sempre, a carga ao Sector Privado.
A ADSE, como sistema privado, onera o Estado e engana os seus utentes. Se um empregado do Estado, em situação de doença, necessitar de transporte de ambulância uma vez ou mais vezes, paga primeiro e depois pede o seu reembolso. Aos utentes do SNS (vulgo Caixa) não acontece assim. É o SNS que paga directamente às Entidades prestadoras, quase sempre os Bombeiros. Repare-se, se o funcionário público necessitar de fazer quimioterapia ao longo de várias sessões, que o Hospital não o interne (como acontece quase sempre) e morar as umas dezenas de quilómetros do estabelecimento Hospitalar, qual não é a factura a pagar por ele mensalmente aos Bombeiros para mais tarde ser reembolsado?...Esta é uma injustiça que fere a nossa Constituição. Já não quero falar em outros transportes que o F. Público não recebe quando na sua U. de Saúde não lhe prestam a assistência por não existir e os utentes do SNS recebem em reembolso, desde que cumpra as normas, nas mesmas circunstâncias, com a maior facilidade mediante uma declaração com o valor dos transportes públicos ou os bilhetes destes.
Podem-me dizer, mas há os serviços de oftalmologia e de estomatologia que os Serviços de Cuidados Primários não possuem e que os utentes do SNS recebem com taxas do Estado Novo. É Verdade! Menos de 1€ por uns aros e muitas vezes pouco mais de 15 cêntimos por tratamento de cada dente, para não falar nos reembolsos das próteses dentárais. Daí, dizer muita vezes que neste País o SNS devia abranger todos, e que em vez de se nivelar por baixo, como é hábito em Portugal, se crie um sistema actualizado, anualmente para todos, em matéria de reembolsos com a assistência médica. Criem-se convenções com o Sector Privado, para quando o cidadão desejar escolher que o faça livremente, com uma indemização ao cliente semelhante a importãncia que custa dentro do SNS.
Com medidas destas melhorava tanto o sector Público como o Privado na Saúde, porque ambos necessitam de clientes.
Post Scriptum - A maioria dos reembolsos no SNS são liquidados por Vale Postal, cujo custo por vezes é superior ao reembolso, fazendo dos clientes do SNS "tótós" como se eles não tivessem uma conta bancária.

Diferenças!





Estado, funcionários públicos e os outros



Manuela Arcanjo
Professora do ISEG

Pode um governo desenvolver um conjunto de acções tendentes a criar na opinião pública uma imagem extremamente negativa dos funcionários públicos?

Pode, por razões estratégicas, mas não deveria. Por dois motivos: primeiro, a maioria dos aspectos negativos deve ser imputada à própria entidade patronal (Estado); segundo, a "mensagem" é injusta por revelar apenas um dos lados da apreciação.

Consideremos apenas alguns dos aspectos consolidados na opinião pública: existe um excesso de funcionários (alguns, em serviços desnecessários), são pouco produtivos ou mesmo ineficientes, ganham demasiado, têm tido emprego garantido e um sistema de protecção social muito generoso.

Os três primeiros aspectos, para além de não poderem ser generalizados a uma "massa" indiscriminada de trabalhadores, ocultam o papel activo de sucessivos governos na contratação indiscriminada, na indefinição de funções e objectivos, na ausência de uma avaliação de desempenho séria, na falta de coragem em dizer "não" em alguns processos negociais, na nomeação de altos dirigentes que até desconhecem os recursos humanos que têm de gerir. O quarto aspecto, verdadeiro, tem raízes históricas: as ditaduras sempre protegeram os servidores do Estado (designação ainda existente na entidade responsável pela protecção na doença, a ADSE).

Deverá o Governo extinguir organismos, avaliar as necessidades em recursos humanos, implementar uma avaliação de desempenho rigorosa, eliminar os subsídios indevidos e as remunerações extraordinárias que não correspondam a trabalho extraordinário? Claro que sim. Agiu bem o Governo ao harmonizar os sistemas de pensões? Claro que sim.

Então, o que é que o Governo se esquece de transmitir para a opinião pública? Três questões essenciais. Em primeiro lugar, os funcionários públicos constituem uma fonte certa de receita fiscal já que não existem declarações abaixo das remunerações efectivas ou outras formas de evasão em sede de IRS.

Em segundo lugar, os funcionários públicos pagam taxas específicas para o sistema de pensões (tal como no sector privado) e para a protecção na doença, com retenção na fonte e sobre remunerações efectivas.

Em terceiro lugar, a necessidade de aumentar a comparticipação para a ADSE é fortemente explicada pelo congelamento salarial dos últimos anos, logo pela redução da receita desta entidade. Como esta explicação não era "politicamente correcta", o Governo preferiu passar a mensagem que as despesas de saúde dos funcionários públicos não devem ser pagas pelos outros. Pois é, também muitos dos funcionários públicos não gostam de pagar impostos para os outros, sejam eles quem forem!

In: Suplemento de Economia, do DN, de hoje.

domingo, outubro 15, 2006

Atenção, sr. Ministro Pinho!







Autópsia de um vivo



Nuno Brederode Santos
Jurista brederode@clix.pt

A maior parte dos governos que a memória deste regime alcança acabaram a justificar o seu declínio com o terno eufemismo de que "a mensagem não passou". Ora, mesmo dando de barato que há matérias que carecem de melhor explicação, o que mais deve importar ao actual Governo é que não passe a má mensagem, isto é, a do contraditório, do confuso, do arrogante. O Sócrates que foi à Madeira enfrentar os desmandos apocalípticos de Alberto João Jardim não foi o primeiro-ministro, mas o secretário-geral do PS. E nem por falar no âmbito partidário deixou de implicitamente afirmar a autoridade do Estado. O Sócrates que em Évora assinalou o começo de uma evolução positiva da nossa economia, atacando a incongruência das sucessivas críticas do PSD, não foi o primeiro-ministro, mas o secretário-geral do PS. E nem por isso deixou de preparar a opinião pública para o debate a fazer em torno do Orçamento. Com isto se preservaram várias coisas, entre elas os desejáveis protagonismos da Assembleia da República e do ministro das Finanças (devendo este dar ainda lugar ao chefe do Governo, mas a seu tempo). Por seu turno, Teixeira dos Santos tem mostrado contenção pública, em respeito pelo primado do Parlamento. Tudo coerente e articulado.

Por isso, o improviso do ministro da Economia em Aveiro é uma lamentável dissonância. Proclamar, em pose televisiva - e quinze horas depois de oitenta mil almas enxamearem Lisboa a gritar os seus medos e aflições - que "a crise acabou totalmente" é um erro de nota zero. É autopsiar um corpo que mexe. Manuel Pinho até pode achar que os manifestantes são gente iludida. Mas há infelizmente quem viva iludido e há felizmente o direito de votar iludido. Pode também alegar que a sua frase é tecnicamente defensável. Isso importará talvez aos técnicos com cujos indicadores trabalhou. Mas é politicamente indefensável e o juízo que se faz sobre o que diz um ministro é político. E é um erro ainda porque fere a legitimidade de dois grandes constrangimentos cuja tinta nem secou: o acordo na Concerta-ção Social e a decisão de apresentar um Orçamento de contenção.

Há quem defenda que a política não se faz com o subtil e o simbólico, como há quem pense que um jantar agradável não requer um mínimo de boas maneiras. Mas, mesmo filiando nesta escola homens de sucesso como George W. Bush ou Kim Jong-il, o entendimento que ainda vai prevalecendo é o contrário. Felizmente.
In: DN, de hoje

sábado, outubro 14, 2006

Diversidade!


Diversidade de opiniões é a riqueza deste País! Lições de sapiência daqueles que pensam ter a verdade toda são aos montes, infelizmente quase sempre cinzentonas.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Rol de intenções!

Aqui está um mau exemplo de como não se deve reformar um Serviço: começar sem alicerces. Nunca houve legislação para a criação das Unidades de Saúde Familiares, para lá das intenções. Começou-se pelo telhado, prometendo muito aos Clínicos Gerais para executar cabalmente a sua especialidade de Saúde Familiar. Então os Médicos de Família são ou não sâo especialistas? Claro que são! Sabemos que as Unidades de Saúde Familiares trariam muitas vatangens económicas para os Clínicos mais novos: dava-se mais dinheiro aos clínicos envolvidos nestas Equipes para os mesmos prestarem assistência a todos os utentes do seu ficheiro.
A atitude do Ministro das Finanças já era esperada há muito. Então como era monetariamente com os outros profissionais envolvidos, enfermeiros, administrativos e auxiliares? Trabalhavam aqui voluntariamente sem qualquer compensação, para os senhores Doutores executarem aquilo que há muito é sua função: atender os utentes do seu ficheiro, atempadamente.
Há muito que venho dizendo que há lobies no Ministério da Saúde. Um deles é a Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral; são eles que povoam os Conselhos de Administração das Regiôes e Sub-Regiões de Saúde e teimaram andar depressa neste campo dos Cuidados de Saúde Primários. Ainda me admira como alguns se lançaram nesta aventura sem legislação, baseados num rol de intenções. Percebe-se a necessidade de toda esta pressa.
O Ministro das Finanças esteve bem. Tem que ver quais são os investimentos necessários a envolver e sobretudo a mobilidade dos restantes recursos humanos e seu pagamento. Ninguém tenha dúvida que estamos perante uma forma nova de pagar a funcionários, pois prestam a sua funçâo ao Sábado e em muitos dias até às 22 horas, pelo menos. Mas todos devem ser pagos pelas funções a que estão sujeitos nas suas carreiras.
Estou certo que muita tinta vai correr por causa desta reforma nos Centros de Saúde.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Uma questão de pregação!



Hoje houve pregação pelas ruas da Capital. Os discursos teimam em mudar e sempre a mesma mobilização de sempre! O que vale é que a maioria dos cidadãos já percebeu que magotes de gente a marchar nas ruas, por maiores que sejam, não resolvem os problemas da população. Chateiam, sabe-se! A nossa sociedade percebeu há muito que os velhos "chavões" tiveram o seu tempo e hoje todos pagamos os erros das cedências que foram feitas pelos políticos com medo de perderem eleições, face a reivindicaçôes de uns tantos e quase sempre justas, mas sem estruturas de suporte para as mesmas. O Estado salazarento herdado cresceu e os governantes teimaram em não modificar as estruturas para um Estado Democrático solidário. Paciência! Hoje a Democracia afina-se com mediads certas e solidárias.
Nos dias de hoje, torna-se necessário uma nova mentalidade sindical; de diálogo perante o sector de trabalho abrangido na busca da criação de muitos empregos e de cativação para o associativismo a desenvolver junto das diversas classes trabalhadoras. Lute-se por um sindicalismo que não seja egocêntrico, onde cada classe trabalhadora não olhe só para o seu umbigo.
Pode-se discordar da forma como o Governo faz algumas reformas. Porém, não podemos deixar de afirmar que o sr. José Socrátes é um homem de coragem. Outros hábitos têm que ser criados no mundo do trabalho.
Pasmo por os sindicatos não reconhecerem que o País cobre mais impostos aos adeptos da evasão fiscal e ao mesmo tempo temem que hajas medidas eficazes para controlar o absentismo no campo laboral. Por onde anda a vergonha?...Bem prega o Frei Tomás!
Foto: "Correio da Manhâ)

quarta-feira, outubro 11, 2006

Taxas moderadoras da Saúde!

O Pagamento de taxas moderadoras nos internamentos hospitalares passam a ser na verdade mais um encargo para o doente. Não é uma taxa que consegue moderar a entrada do clientes no SNS, como acontece agora. É verdade, a actual modera mesmo! Há pouco quando no Centro de Saúde se passou a pedir ao médico de família a renovação de receituário, sem presença do utente, não era cobrada a taxa. Aconteceu que as pessoas como não pagavam, passavam pela sua Unidade de Saúde a pedir medicamentos como iam à loja pedir mais uma caixa de fosfóros, esquecida. Estes actos passaram a ser pagos e assistiu-se, de imediato, ao planeamento das pessoas e a solicitarem toda a medicação que necessitavam, duma só vez. Daí, as taxas moderadoras moderarem a entrada de utentes no seu serviço de Saúde.
À taxa a criar eu chamo mais taxa de utilização, porque o doente não vai ser internado ou efectuar uma pequena cirurgia de livre vontade. Foi o Médico que ordenou esse internamento face ao estado de Saúde do doente. A nova taxa será bem vinda se esse dinheiro a pagar reverter para uma melhor qualidade de Saúde. Duvido da justiça Social da mesma porque os que têm maior poder económico são os que têm cuidados de Saúde mais rápidos, porque antes recorrem à medicina privada, que em muitos casos tem o mesmo clínico do Hospital. Entende-se, como é que um profissional de manhâ trabalha no Hospital e na parte restante do dia, rouba clientes ao seu patrão (hospital)? Não! É nítida e conhecida de todos a promuscuidade que impera no sector. Não só o profissional tem a culpa como está ainda no espírito do português mais de que colaborar num acto de corrupção, o seu egoismo de saltar por cima do semelhante e passar à frente de todos. Aqui está o gozo de muitos doentes! Muitas vezes até é um caso de afirmação; "se não tenho ido ao consultório do médico nunca mais era operado", diz o artista em tom de contentamento e mostra ao mesmo tempo o seu espírito de ricalhaço.
Se a taxa a criar não se pode evitar que tenha uma escala progressiva de pagamento, conforme os rendimentos do cidadão. É injusto que um fulano que ganha 3.000€ ou mais, pague a mesma taxa que o desgraçado que faz parte de uma maioria da população portuguesa que está um pouco acima do salário mínimo nacional e os possíveis 700€ mensais.
Por fim, urge fazer escolher o profissional de Saúde entre a actividade no sector público e no sector privado. Lá diz o ditado, "ninguém serve dois senhores ao mesmo tempo". Exija-se do sector médico-privado condições como a ASAE exige noutros sectores da sociedade. Por defeito, não é suficiente a Inspecção Geral de Saúde a actuar sózinha. Ambas as medicinas só têm qualidade quando uma for concorrente da outra, o que não acontece desde que foi criado o SNS. A qualidade reside na medicina pública e tanto quando uma intervenção corre mal no sector privado, o doente vai parar muitas vezes ao Hospital do Estado. Sabe-se lá, como!
Deixem os médicos escolher qual a actividade que quer exercerem. Possivelmente, em determinadas zonas do País será necessário apoiá-los. Sabemos que a maioria dos clínicos não têm capaciade orgnizativa empresarial. Mas, que "diacho", não temos tanta gente com o "canudo" em gestão e já com provas dadas. O que não se pode permitir é que um médico saia dum Hospital Público e que num dia faça três ou quatro intervenções cirúrgicas em locais, por vezes, difrentes. Exija-se a estes profisionais que optem pelo privado, se assim entenderem, e que tenham "oficina própria" responsabilizada. O doente merece o melhor tratamento. O SNS que estabeleça convenções justas para que todos os doentes possam escolher o seu local de internamento. Que o Estado tenha meios para fiscalizar os serviços prestados.
Em conclusão, o SNS antes desta nova taxa precisa das reformas apontadas. Estou de crer que o Governo tem bons assessores e o Ministro da Saúde saberá onde actuar. Haja força para romper com os "lobies" que andam por aí e no caso da Saúde, estou certo, que serão muitos.

terça-feira, outubro 10, 2006

A mania de vasculhar!


Correio dos leitores: A lei das finanças locais

«Não deixo de me rir e ao mesmo tempo de me entristecer com a reacção dos municípios a alguma ordem que o Governo quer pôr no sector! Deixemo-nos do politicamente correcto! Deveria ser muito mais.
Há anos que reina a imoralidade no recrutamento de pessoal para as Câmaras Municipais com os efectivos constantemente a crescer e concursos a que as pessoas já nem se candidatam por saberem que se trata de uma farsa, que mais se nota quando os concursos são para categorias que a dimensão da Câmara nem justifica (relações internacionais, português-francês), ou admitir 3 ou 4 juristas e depois avençar um advogado para dar pareceres, etc. etc
Não se compreende como municípios pequenos (e falo talvez do maior município da Beira Baixa) tem um quadro de pessoal com mais de 175 técnicos superiores e dezenas de chefes de divisão e directores de serviço. Outros, falo de municípios tão pobres que quase não tem receitas próprias, não se coíbem de comprar viaturas topo de gama e gastar milhares de euros mensalmente em telemóvel e para isso apresentam despudoradas razões. Porque não se faz um estudo comparado de Câmaras com idêntica dimensão mas diferente posicionamento face ao caciquismo dos seus autarcas?
A verdade é que muitos dos nossos autarcas não tem dimensão humana e intelectual para os lugares (veja-se a sua corrida às reformas, apesar de continuarem no activo) e estão a dar cabo das terras e a comprometer o futuro, com pavilhões, rotundas e outros elefantes brancos que no futuro teremos de pagar (...).»
(A. Monteiro)
In Dr.Vital Moreira no Blog causa- nossa

Poucos acreditavam!



Objectivo conseguido pela Selecçâo Nacional Sub-21. Passámos!

Encruzilhadas e entroncamentos!

O Instituto das Estradas de Portugal e as Câmaras Municipais, de tempos a tempos, limpam as valetas e parte (só) das ribanceiras dos itinerários principais e secundários deste País. Por limpar ficam sempre de fora pedaços de forma geométrica que são as encruzilhadas e os entroncamentos. Tudo se parece com uma terra de ninguém: placas de sinalização, por vezes pintadas há pouco, convivem com autênticos matagais, sejam de feno, cardos ou estevas. Porque será?... será que estes nacos de terreno não entram no caderno de encargos, quando da celebração de contratos com as firmas de limpeza? Se é esse o caso, devem começar a entrar. Se entram, a situação é grave porque alguém dá os trabalhos como feitos em boas condições e assim não acontece. Será que cheira a corrupção? Sabe-se lá!

Não dá para entender!

Entendo porque é que o PSD pretende outra reforma para Segurança Social, diferente daquela aprovada, hoje, entre o Governo e os parceiros Sociais. Agora, não entendo o não à reforma do líder da CGTP, sr. Carvalho da Silva. Claro, que pode tal reforma ser melhorada no debate Parlamentar a decorrer dentro de dias. Porém, eu acho difícil onerar as entidades Patronais com mais encargos de ordem monetária nesta fase de recuperação económica que o País atravessa.
Neste tempo de alterações constantes na sociedade ainda há quem teimem assobiar para o ar. Será que pensam que é possível ainda viver num mundo que não seja global? Às vezes dá impressão disso. Admiram-se, depois que os trabalhadores abandonem o sindicalismo. Era salutar para o mundo do trabalho que a classe de Dirigentes Sindicais se renovasse urgentemente. Corre-se o risco de, dia após dia, com estes dirigentes arrogantes e teimosos, se lavrar a certidão de óbito do Sindicalismo na Sociedade Portuguesa. Quando os coveiros descobrirem o seu papel negativo junto do mundo do trabalho, já não irão a tempo de reformar o campo Sindical. Chama-se a isto, face ao número de pouco mais de vinte milhares de sindicalizados no País, o afundamento do barco com os seus comandantes.

domingo, outubro 08, 2006

Desculpem lá, professores!






Não se tape o sol com a peneira



Rui Machete
Advogado

A situação de crise financeira grave que o País atravessa resulta de um cumular de erros e complacências ao longo de mais de uma dezena de anos cometidos por diversos governos.

As responsabilidades são múltiplas, repartidas pelo PSD e pelo PS, ainda que cabendo a este último uma parte avantajada.

Tornou-se, porém, de súbito patente, para grande parte da opinião pública e para o actual Governo, que o plano inclinado dos aumentos do défice orçamental e da dívida pública se tornou insustentável, quer perante as responsabilidades assumidas no seio da União Europeia quer para o próprio funcionamento da nossa economia.

Os esforços relativamente solitários de Manuela Ferreira Leite são agora assumidos por este Governo no seu conjunto, apenas se notando aqui e além algumas decisões e notas dissonantes.

O problema central que importa resolver, reconhecem-no todos os especialistas, é o da diminuição das despesas correntes do Estado. Nestas assumem particular relevo, pela sua dimensão em gastos com pessoal e material, os serviços de saúde e de educação. Reportando-nos agora apenas a este último, as poupanças respeitantes sobretudo aos docentes que devem ser dispensados e à melhoria da qualidade do serviço prestado são decisivas para o êxito da reforma do Estado. É que, para além da diminuição da procura do ensino, em razão da evolução demográfica, deixar sem ocupação milhares de docentes, a produtividade e eficácia das instituições de ensino é má, como evidencia o cotejo com as suas congéneres americanas e europeias. Ficamos a perder em aproveitamento escolar e percentagem de abandono precoce, em qualificações obtidas pelos estudantes com o mesmo grau de escolaridade, em aptidão e flexibilidade para o mercado de trabalho.

Diga-se, aliás, de passagem que a atitude de muitos pais que pretendem que os filhos passem de ano, quer saibam quer não saibam, não ajuda a um clima de exigência.

Perante este panorama, que torna socialmente doloroso mas absolutamente imprescindível o rigor da ministra da Educação, a presente actuação dos sindicatos do sector, há que reconhecê-lo, torna-se amarga e difícil. Mas, sob pena de perderem total credibilidade, não deveriam tentar esconder o sol com a peneira. A manifestação de 5 de Outubro passado, as greves que já se anunciam e as frequentes declarações dos dirigentes sindicais do sector vão, porém, no sentido de negar o óbvio, de apresentar argumentos infundamentados e quase pueris ou, na melhor das hipóteses, de formular críticas menores a questões marginais. Imputar as medidas governamentais restritivas à má vontade ou falta de competência da ministra da Educação e da sua equipa representa um exemplo pungente de carência de argumentos sérios.

Encontramo-nos, assim, perante o paradigma clássico da colisão entre os interesses sectoriais de uma classe profissional e o bem comum nacional.

E também face a um dos desafios mais sérios postos aos sistemas democráticos: ser capaz de tomar medidas impopulares para parte importante do eleitorado, ainda por cima de um eleitorado que, pelas suas características, é presumível que apoie o Governo em exercício e o partido que o sustenta.

Haverá, certamente, diversas maneiras de executar o emagrecimento do serviço de educação, umas mais justas e adequadas do que outras. Mas a verdade insofismável é a de que, na presente situação em Portugal, a diminuição do número de docentes se impõe, por- que não há alunos nem trabalho para eles, nem nas escolas e menos ainda nas estruturas centrais do ministério. Impõe-se também que os que fiquem sejam assíduos, cumpram as cargas horárias e se tornem profissionais competentes. Nestes pontos não pode haver tergiversações.

Seria mau para o Governo mas, principalmente, constituiria um sinal alarmante da incapacidade do sistema democrático se se registassem cedências a pressões sindicais, a greves ou a manifestações de rua.

Tenhamos compreensão para com os sacrificados e ajudemos estes a encontrar outras ocupações e auxiliemos os sindicatos a evitar tornarem-se forças de bloqueio de reformas indispensáveis. A expansão da economia é também por isto que se torna vital. Sem crescimento todas as reformas se tornam muito mais difíceis e dolorosas. Mas acima de tudo que o Governo e os partidos, incluindo os da oposição, não se enganem nas opções e não fraquejem.

(In DN de hoje)

É a vida!

É meu hábito vasculhar diversos Blog's. Desta vez visitei o Dr. Júlio Machado Vaz. Fica o registo acerca da despenalização do aborto feito pelo sexólogo.

Saúde a toque dos autarcas!

A reforma da Saúde em Portugal torna-se bem difícil de fazer, sobretudo, por dois motivos. O primeiro motivo é que este serviço querido de toda a população nunca teve vontade política, derivado ao poder imenso da Ordem dos Médicos que permanentemente tem os seus lobies no Ministério da Saúde. Aqui, voltaremos mais tarde.
O outro, é os autarcas que em tempo eleitoral prometerem muito em matéria de saúde às populações que os elegem. Prometem e sentem-se à vontade para o fazer, porque salvo raras excepções não carregam com o fardo da administração da mesma. Basta prometer e influenciar a classe política dirigente para se construir aqui ou acolá, desde um pequeno Centro de Saúde, ou até um elefente branco, de um Hospital.
Não se planeia por hábito. Neste País os autarcas nesta matéria são muito mais campeões que os nossos governantes. Sabem que os Partidos precisam de votos para alcançarem o poder e lá vai de criar maus lobies, no meu entender, para a edificação de edifícios de Saúde. Uns e outros esquecem-se que para as unidades de Saúde funcionarem são precisos muitos recursos humanos e que estes mesmos recursos envolvem verbas económicas assustadoras, a consumir anualmente.
Como assim é, temos Centros de Saúde a mais, alguns contruidos em sedes de concelhos que nem têm capacidade, desde da sua inauguração, para serem a Sede de um Serviço de Sáude para albergar os Cuidados de Saúde Primários de que uma população concelhia carece. Temos ainda, construções de Hospitais que são uma anedota como acontece no CHMT, 3 hospitais: o Hospital de Abrantes, o Hospital de Torres Novas e o Hospital de Tomar.
A população, aqui em termos de asssitência médica, é arrastada de um lado para o outro sem saber onde se dirigir ou onde vai ter alta, se alcançar o tal internamento desejado há muito, apesar de estar determinado que a alta é à porta do Hospital onde entrou.
Os edis de então, destes 3 concelhos mais os restantes dos concelhos vizinhos onde a área destes hospitais têm incidência, quanto à assitência médica, ficaram contentes; as promessas haviam sido cumpridas. Todos tinham hospital e os lobies tinham funcionado bem. Esqueceram-se que a população se até aqui vivia num inferno em matéria deste tipo de assistência, a partir da construção destes 3 elefentes brancos, maior passou a ser esse inferno para ela.
Em bom tempo chegou um governo reformista e a confusão está instalada com a criação das chamadas "urgências básicas". Nemhuma população quer perder e é um direito pleno destas. Pergunta-se como resolver o problema? Sem querer deixar de fora uma costela anarca, julgo pertinente que esses elefantes brancos podiam ser afectos a unidades hoteleiras, e com as verbas alcançadas construir um novo hospital, deixando de lado as ambições, talvez justas, dos autarcas, na zona industrial de Vila Nova da Barquinha e trazer para lá os recursos humanos envolvidos agora, no CHMT. Era aqui, se não fossem satisfeitos os caprichos dos autarcas que o CHMT devia ter sido construido. Porém, a falta de planeamento não o permitiu. Foram consumidas verbas muito maiores e temos serviços inoperantes face ao número de cidadãos que assistem e que têm direito a essa assistência.
Urge, meter na cabeça de todos que é economicamente mais barato construir vias de acesso a serviços, do que construir elefantes brancos. As vias de comunicação não afectam recursos humanos.

Pasmado!

O Sr. João Jardim, que ontem chamou "Sr.Santos" ao ministro das Finanças, encontra-se pasmado pelo corte que já viu nesta parte final do ano, nos dinheiritos enviados a partir do "Cotinente". Que mais irá acontecer ao homem; chegou à conclusão que os truques utilizados com os anteriores governos deixaram de pegar. À adesão aos "nuestros hermanos", com um colocar de chavelhos a Portugal?...Penso que não! O homem também não morre de amores por Zapatero.
Vamos aguardar! João, na Madeira, é um poço de iniciativas inesgotáveis. Ai de nós, cubanos!

sexta-feira, outubro 06, 2006

Parece!

Parece que a nova Lei das Finanças locais está a ser um osso difícil de roer para os Presidentes das Autarquias e seus autarcas. E quem o diz é o Presidente da Associação! Ou comem todos ou a moralidade está longe da justiça social. Os autarcas não são cidadãos de primeira e a os restantes de 2.ª classe.


quinta-feira, outubro 05, 2006

Será brincadeira?

Os "sites" de quase todas as Câmaras Municipais são bricandeira de algumas pessoas que empregam. Os senhores Edis julgam que é mais uma modernice, mas a maioria dos cidadãos está convicta que assim não é, julgando que esse produto devia ser uma informação constante da vida das autarquias. Paciência! Os senhores autarcas pensam que os munícipes não precisam de informações, de ajuda e muito menos não terem direito ao conhecimento da vida das autarquias. Mas, nem tudo vai mal neste reino das Autarquias. Deixo aqui uma Cãmara onde esta realidade é diferente. Tem actualizões diárias, para não dizer hora a hora. Ver.
Bem diz o povo: "Não há regra sem excepção". É bem verdade!

segunda-feira, outubro 02, 2006

Admiração!

O Gil Vicente jogou!...