sexta-feira, outubro 29, 2004

Pudera, sr.Lopes!

O sr. Lopes, hoje na assinatura do Tratado da Constiução Europeia, em Itália, criticou os Governos Europeus que não ajudavam o sr. José Barroso a constituir a sua equipe de Comissários. Pudera, sr. Lopes! Afinal aquilo lá pelas Europas não foi tão fácil, como aqui o sr. Barroso fez querer: em vez de uma "fuga", uma mão cheia de governantes apoiantes a levá-lo para Presidente da Comissão Europeia. E como a seguir à vindima há sempre o lavar dos cestos, lá está o Sr. Barroso cheio de problemas. Bem diz o ditado: "não se pode agradar a gregos e troianos". Eu diria, em vez de gregos, sobretudo italianos e seus afins. Paciência! Mas, Sr. Lopes, esteja descansado que o Sr. Barroso vai levar a sua àgua, a bom moinho. Mesmo que não levasse, neste País nada lhe aconteceria. O Sr. José Manuel se voltasse, não lhe faria sombra. O Senhor, acompanhado do sr. Portas, de vitória em vitória, chegam depressa à derrota.
Senhor Primeiro Ministro, sabe que temos uma Constituição aprovada com os votos contra do CDS-PP? As manigâncias do sr.Portas através de actos de gestão, que muitas vezes ultrapassam a legislação do Governo, aos quais o Senhor não pode ser indeferente porque é o Chefe, transformarão a Constituição naquilo que no Parlamento, não foi nem será possível. Repare sr.Lopes , nos custos que para si, daí advêm. Será ultrapassado pelo seu próprio Partido e por grande parte do seu grupo Parlamentar: muitos, até já não estão consigo. Quer um conselho? Lembre-se daquele aviso das passagens de nível, das linhas ferroviárias, sem guarda: pare , escute e olhe! Parece, salvo melhor opinião, que todas as cancelas do Governo estão já escancaradas. Duvido que chege a tempo de puxar o alarme, se não deixar funcionar a democracia.

quarta-feira, outubro 27, 2004

Prémio Liberdade de Expressão!

Quem por aqui escreve sabe que o deve fazer responsavelmente, deixando um espaço aberto à discussâo, sob o ponto de vista de cada um, contribuindo com lufadas de ar fresco para a nossa democracia, na busca de uma consciencialização dum percurso em direcção a uma cidadania plena, a ser exercida por toda a nossa sociedade. Este objectivo só é cumprido se esta arte de escrevinhar for feita em consciência e com liberdade de expressão.
Nos últimos tempos um poder trapalhão e com laivos nervosos, descaradamente pretende controlar todos os "media". E o caso do DN não está ainda explicado, com a Jornalista Clara Ferreira Alves a não aceitar o cargo de Directora do matutino e Pulido Valente a abandonar a sua coluna, que há tanto tempo vinha mantendo.
Hoje tivemos Rebelo de Sousa, que durante quase quatro anos e meio brindou aos portugueses com a sua análise lúcida da vida do País, na TVI, a explicar o abandono daquele canal televisivo. Não teve papas não língua e só não entendeu quem não quis. Perante a lucidez do Professor atrevo-me a atribuir-lhe o "Prémio Liberdade de Expressão". Merece-o! Todos precisamos de beber da sua coragem e nunca prescindirmos das nossas opiniões, mesmo recusando mordomias ou outras ofertas, seja qual for o valor das mesmas.

terça-feira, outubro 26, 2004

Sesta! Faz bem dormir!

Parece que houve "seguranças" que faziam segurança a uma personalidade deste País, que, antes do tempo, foram forçados a ir dormir a sesta. A PSP diz que é uma questão de rotatividade dos agentes envolvidos. Será?
Não é grave dormir! Dormir aumenta a capacidade de trabalho de cada um. E quem não dorme está mais exposto a dizer e fazer coisas pouco consistentes e prenhes de disparates. Agora, percebo porque é que a vida dos cidadãos portugueses corre tão mal, enquanto, a uns poucos a "vidinha" vai correndo bem.
Não defendo a associação dos "defensores" da sesta. Mas gosto de dormir: sabe tão bem! Não há nada a esconder quando se dorme. E quando o desgaste é muito, porque não? De certeza, que após a recuperação do organismo, motivada por um período de soninho, vamos fazer mais e melhor: as tarefas a desenvolver surgem com maior qualidade. Logo, não se deve ser hipócrita por causa de uma soneca. Em Janeiro até tenho inveja do meu gato, quando dorme a pulmões soltos, em tardes pequenas, mas soalheiras.
Os polícias, se gostam da função de prestar segurança a personalidades, não podem ser coscovilheiros, como o corvo da marquesa: ao contar à patroa que um magala, na sua ausência, era visita constante do solar, a sopeira aqueceu uma cafeteira de água e derramou-a na cabeça do animal. Resultado, ficou careca. Ou quererão os "seguranças" ficar carecas? Nos tempos que correm recomendo-lhes um pouco de tento. Às vezes acontecem coisas que não lembram ao diabo, lá diz o povo.

domingo, outubro 24, 2004

Cheque-Cirurgia!

O Sr. Pereira, Ministro da Saúde, anunciou a emissão de vales-cirurgia para os utentes que no âmbito do SIGIC, (Sistema Integrado de Gestão para os inscritos em Cirurgia) não obtenham em tempo útil a cirurgia pretendida, e que queiram recorrer à medicina privada. Parece que o arranque desta iniciativa será no próximo mês de Novembro:já acerca de dois anos tinha havido por parte do Sr. Ministro um anúncio desta iniciativa, que foi em falso. Espera-se que desta vez seja a valer. Os clientes do SNS merecem-no. A iniciativa é de louvar.!
Entretanto, urge criar regras para as Unidades de Saúde Privadas. Estabelecer normas para que os Profissionais que desenvolvam a sua activdade nestas Unidades, o façam a tempo inteiro. Que haja verdadeiras "oficinas privadas" de saúde, com uma gestão séria, de forma a permitir que jamais uma intervenção aqui realizada e que corra mal, vá ser "reparada" num Hospital do SNS, como tantas vezes acontece. Só assim teremos uma Saúde concorrente, o que em meu entender não faz mal nenhum aos doentes. A medicina pública só será boa ser tiver um concorrente, o que não acontece agora. Porque como está a funcionar a Saúde em Portugal, o concorrente da medicina estatal, continua a ser o SNS.
Não há que ter medo destas reformas. O Ministério da Saúde que estabeleça normas, quem paga, e o que paga, de forma que haja um livre acesso aos dois sistemas de Saúde e que a falta de meios não seja impedimento para o cidadâo recorrer ao serviço que melhor o sirva.
De certeza, com duas medicinas concorrentes, os Portugueses terão melhor Saúde. Não é só necessário falar de reformas. Urge implementá-as!

sábado, outubro 23, 2004

Serviço Militar Voluntário?

Há pouco fiquei preocupado, após ver uma peça do Telejornal, na RTP1. Julgo que estamos num País de malucos e por isso estou aqui a denunciar aquilo que vi. Tem a ver com um "flash" passado em Castelo Branco, das Forças Armadas na prospecção quase louca de recrutamento para o voluntariado Militar, já que o Serviço Militar Obrigatório acabou e é necessário, na lógica do aparelho castrense, recrutar jovens, não vá a firma "estoirar" por falta de efectivos e uns tantos senhores ficarem a chorar porque não têm os filhos dos outros para espezinhar e a sua vocação lá se vai com a falta de mancebos. Claro, também chegariam ao fim muitos actos masoquistas, tantas vezes executados pelos profissinalizados destas artes, quase sempre bélicas. Seria bom, já que das reformas chorudas a pagar a estes homens que pela função usam boina para dar alguma utilidade à sua cabeça, o Estado não se pode livrar.
E o que vi e que muitos Portuguese viram foi um jovem com 16 anos a assinar um documento, em que se compremete aos 18 anos a servir voluntariamente nos Paraquedistas. Será isto um acto livre de um adoslecente de 16 anos? Penso que não! O jovem nesta idade não deve ser coagido, através de uma publicidade falaciosa e duvidosa, a decidir do seu futuro.Olha se ele opta por ser bombeiro? Não era era difícil arranjar uma Associação Humanitária que o recebesse. Mas imaginamos que ele decidia ser professor? Qual seria o Juiz que o aceitaria por assessor? São factos imperiosos que têm de ser denunciados. Deixemos os nossos jovens ganhar mais algum amadurecimento e criem-se condições para que neste País, livre, em circunstâncias de igualdade, com origem numa escola democrática, todos eles possam tranquilamente decidir do seu futuro e da sua vocação. Que se possam sentir realizados e possam trazer à nossa sociedade alguma fortuna.

quinta-feira, outubro 21, 2004

Folhetim!

Dia a dia, hora a hora vamos sendo contemplados com "flashes" nos "Media"que, quando não atentam contra a liberdade de expressão dos cidadãos, pelo menos deixam muito a desejar. Interrogo-me e outros também se interrogam. A questão que se levanta, julgo eu, é para onde caminha este País? As respostas serão muitas, de certeza, e diversos jornalistas e outros tantos analistas trouxeram à pena a preocupaçâo do controle da informação, quer falada, quer visual ou escrita. A preocupação deve ser constante, porque somos um povo cuja carência cultural é elevada. Somos um País, onde só uma reduzida percentagem da população tem hábitos de leitura, e com uma grande maioria de ileteratos. Um povo com uma hábil propensão para as negociatas, não fosse latino. Donde, se uma maioria com opiniões formadas for egoista, será muito fácil aos menos escrupulosos e a soldo de objectivos duvidosos, implementar a curto prazo um "defice" de informação.
Muitos jornalistas e analistas têm sabido transmitir que algo vai mal, por vezes de uma forma veemente, que até o cidadão comum se apercebe que algo pode acontecer em relação à sua liberdade, e alguns até usam uma linguagem figurada perceptível para menos pessoas, recordando os tempos passados da censura. O povo costuma ser sábio e diz "que o tempo cura tudo". Porém, sou levado a afirmar que não se pode concordar com o provérbio, e que os momentos actuais são de um permanente alerta. Julgo que o folhetim vai seguir dentro de momentos, sem as pancadinhas de Molière, porque ao Governo convirá que os espectadores não acordem. Não vamos deixar!

terça-feira, outubro 19, 2004

Anda por aí bicho-careta?

Penso que anda por aí bicho-careta. Os Média repentinamente começaram a falar do Padre Ganança, que foi recambiado da ilha da Madeira há uns dias. Todos falam, mas a informação não é suficiente. Parece que o Provincial da Ordem dos Salesianos, congregação a que o Padre pertence, o fez regressar ao "Continente". O Homem, como religioso que é, obedeceu ao seu Superior, não escondendo que está a cumprir uma ordem, ditada pela sua consciência e pela Ordem Religiosa a que pertence. Restam os protestos constantes dos seus ex-paroquianos, que querem o seu Padre de volta à ilha da Madeira e à sua paróquia.
Reflectindo bem, tenho a impressão que é mesmo bicho-careta que anda por aí, e ninguém ousa averiguar a causa deste regresso à pressa a Portugal. A matéria, segundo aquilo que percebo, está para além de um caso religioso. Não será que o Bispo da Madeira faz de mandante de qualquer personagem da vida Pública? Nestes tempos contorversos em que a liberdade e a pedagogia dos direitos das pessoas são postos, em causa, nada me admira. Sei, muitos sabem, que uma Igreja desinteressada deve estar do lado dos mais fracos. Afigura-se-me que o Padre Ganança veste a pele dos pobres, dos desprotegidos e ao mesmo tempo cria nas pessoas a consciência de que são pessoas.
Resta-me prafrasear o Papa: "homens sede homens". Esta frase terá o mesmo significado para todos? Apelo a uma reflexão, sem quaisquer preocupações de ordem moral ou religiosa.

segunda-feira, outubro 18, 2004

Começa a somar!

Ontem foi dia de eleições nas ilhas. O sr. Lopes líder da coligação de direita perdeu e perdeu por muitos. É o começo de um exercício, que se não for desmontado irá somar muitas derrotas. Estou contente, pois esta extrema-direita que temos no poder é, sobretudo, arrogante. À coligação não valeram três coisas, que julgo fundamental apontar. Uma, o sr.Lopes envolver o terreno eleitoral dos Açores com a sua presença e de mais ministros, como se aquelas eleições, parafraseando o vulgarmente utilizado pelo sr. Alberto João, fossem da República. Esta envolvência até deu para a antecipação da "conversa em família", daquela 2.ª Feira sisuda e de muitas promessas, quase todas elas de realização não fácil, e muito mais eleitoralistas. Outra, foi o sr. Portas entregar um cheque da "dita" reforma trapalhona a um ex-combatente dos Açores, como se se tratasse de qualquer produto ganho num concurso televisivo. De pregador de feiras, passou a distribuidor de confeites. Sim confeites, porque o valor a pagar aos homens que fizeram a guerra das colónias é tanto, que quase não chega para comprar um pacote de amêndoas. O desgaste, o isolamento e a tristeza de alguém que participou numa guerra ninguém os paga. Finalmente, os Açorianos e também muitos Madeirenses, perceberam que o abuso de poder feito pela RTP1 nos telejornais tinha que ser rejeitado. Em que País democrático se vê durante um Telejornal, na televisão do Estado, a transmissâo de uma campanha eleitoral? Como se não bastasse a onda de inaugurações! É melhor ficar por aqui!

domingo, outubro 17, 2004

Dúvida!

Não sei se o Sr. Sampaio, Presidente da República, na entrevista de ontem à RDP teve a preoucapação de eternizar até às próximas eleiçôes legislativas o Governo do Sr.Lopes. Alguns "media atentos" vieram em bicos dos pés , que com o tempo pode verificar-se que são de barro, afirmar que o PR assim faria. Nada disto me espanta, se pelo meio o Sr.Sampaio for criando uns factos para que esses mesmos "Media" possam dizer que a legislatura presidencal vai terminar em beleza.
A minha dúvida está em como se vai portar a República ao ser insultada a partir da Madeira com " a trampa do regime do Continente" e ainda quando os jornalistas são apelidados de "facistas". Será que está tudo bem na vida do Continente ou já se assemelha à visão democrática do Sr. Alberto João?
Deixo a questão. Haverá, de certeza muitos cidadãos que têm esta minha dúvida. Não pretendemos uma vivência democrática, em nada ,idêntica à da Madeira.

sexta-feira, outubro 15, 2004

Estejamos preocupados!

Palpita-me que a "Contra-Informação" da RTP1, um dia destes, vai às urtigas. O programa que transporta até nós bons momentos de bom humor, parece que também está a agastar a esfera do poder. Desconfio que já há, mexidela no horário de transmissão daquele programa. Será mais um acto censório que vamos assistir dentro de dias , noutro canal de televisão, com a agravante deste ser o público. Estejamos atentos e mobilizados para que este meu palpite não se torme em realidade. Denucio, começaremos já a denunciar!

quinta-feira, outubro 14, 2004

Será que vamos imitar a Itália de Berlusconi?

Em Itália o sr. Berlusconi não tem o problema que o sr. Lopes possue: o contrôle da informação.
O sr. Berlusconi é o patrão de quase toda a informação e não tem preocupaçoes de controlar o pluralismo dito democrático da sociedade italiana. A democracia, em Itália, mexe-se através das ideias controladas por esta informação. E a partir daí, dá-se a "construção massiça" de tudo! Nada pode contariar a opinião do "boss". Para isso é que ele tomou o poder, embora por eleição sufragada.Porém, toda a eleição foi controlada pelos "media" que prosseguiam os objectivos do Chefe. E todos estamos certos que, se for necessário, os tribunais criam um casaco à medida de Berlusconi, como já aconteceu,sem sinais que este despotismo cesse.
Em Portugal, não é bem assim mas as regras a criar são idênticas! Do sr. Lopes não se conhece fortuna pessoal mas é um ardiloso trabalhador na matéria de informação. Os tentáculos começam a produzir os seus efeitos e o sr. Sousa já foi de abalada. O Sr. Moniz deu algumas justificações do pluralismo sempre existente na TVI, mas quem ordena é o sr. Paes, que tem de proteger os seus negócios, os quais serão condiciondos se não for respeitado o pluralismo que o sr. Lopes deseja. O sr.Lopes num esforço inabalável não deixará de controlar toda a informação o que lhe advem de ser 1.º Ministro, já que não tem capital próprio, como penso, para actuar à maneira do Sr. Berlusconi.
Que resta aos Portugueses para que não acontença em Portugal o que já existe em Itália? Resta-lhes interessarem-se pela opinião pública. Não podemos deixar que outros decidam por nós. É bonito a nossa selecção de futebol ganhar 7-1 à Rússia, festejar, dar pulos e fazer até outras manifestações de gáudio. Mas não podemos esquecer também que vivemos em sociedade, que se quer próspera e solidária. Para isso não podemos ir no jogo de que a nossa vida pertence á decisão dos políticos e sobretudo aqueles políticos que gostam de decidir pelos outros, dizendo mal da política e, como agora acontece, referem ainda que os portugueses têm uma maioria coesa e que prosseguem a justiça social. Estejamos atentos, caso contrário o "slogan" Deus , Pátria e Família pode estar a chegar.
Só a nossa partcipação activa como cidadãos de direitos plenos, na autarquia em que vivemos, na discussão pública dos problemas quer locais, quer nacionais fará mudar a opinião dos políticos que nos querem encaixar um modelo de pluralismo democátrico que sirva no seu casaco e, não num País livre , participante, onde o direito de cidadania seja exercida por todos.

quarta-feira, outubro 13, 2004

Há mais vida para além do orçamento!

Cheguei! E como há mais vida para além do orçamento. Aqui estou! Foi assim que o Sr. Lopes, nosso Primeiro Ministro, parafraseou Sampaio, na "conversa em família" de 2.ª Feira passada.
Ao Sr. Lopes não convém afugentar o Presidente da República, por motivos óbvios. Todavia, assim espero, será por pouco tempo.
Eu atento, por aqui vou continuar a refectir, por vezes com ar sisudo e outras vezes trazendo alguma boa disposição: olhem, deixo-vos a imagem do Sr. Lopes, passados já três dias, na tal "conversa de família" encafuado no seu fato, sentado na cadeira oligárquica, manifestando pouca à vontade, face ao vão discurso a impingir aos Portugueses.
Há outra vida colectiva que se espera, tenhamos paciência, apesar da demora.