Como agora estou a gozar alguns dos respigos do Carnaval, desfrutando um pouco de sol na minha 2.ª cidade eleita-Peniche, rapei da mochila na esplanada do meu café preferido em férias, tirei o meu netbook e deixando na tabacaria o DN, fui dando uma volta pelos jornais on-line. Esta crónica despertou a minha atenção e fica por aqui para aqueles que gostam de pensar como vai por cá o ensino. Não é que o bem jeitoso ministro da educação- Dr. Crato às ordens do nosso "primeiro" e do farisaco Gaspar têm em mente remeter educação para o pessoal endinheirado?... Raio de esperança, estes " senhores gajos" que nos governam, encontram-se já em roda livre, não só pelas tantas asneiras feitas, empobrecendo quem trabalha e cortando nas reformas aos reformados, mas também porque o ministro dos Negócios Estrangeiros vai fazendo das suas, como fez ao Dr. Durão Barroso, no outro governo de maioria de direita, prevendo-se que o barco abalroa depressa. A sorte dos portugueses é que eles aos poucos estão a colocar o seu governo fora de prazo aceleradamente por falta de medidas acertadas...as sondagens de popularidade atestam-no.
Deixo, as partes mais importantes da crónica para aqueles que não tenham tempo de ler o nosso coerente jornalista Baptista Bastos:
"Vejamos: um
homem como Nuno Crato, procedente da extrema-esquerda e rendido às
sereias da Direita, autor de lúcidos textos de análise reflexiva, como,
por exemplo, O Eduquês em Discurso Directo, livro de referência;
matemático distinto, não é assaltado por nenhum sobressalto das antigas
inquietações?, quando sabe que está a decrescer o número de alunos do
secundário e do universitário, e o conhecimento se torna cada vez mais
distante, não? Crato não ignora que o ensino se defronta com cada vez
maiores dificuldades; cortes, reduções e limitações dos mais absurdos,
fazendo do estudo apenas uma possibilidade para elites endinheiradas.
Para se obter uma bolsa quase é necessário atestado de esmoler. Abre
caminho a tese da dr.ª Ferreira Leite, segundo a qual quem não tem
posses não faz hemodiálise.
Os Governos encheram a boca de
orgulho, com o elevado grau de qualificações dos nossos estudantes,
afirmação que me pareceu exagerada, por desassociada da verdade. As
qualificações são específicas: quanto a cultura geral a soma e o resto
não se alteraram, em comparação com gerações anteriores.
Nuno
Crato teria uma palavra de esclarecimento a dizer-nos, ele, que sempre
recusara a metáfora como esconderijo. Há algo de impudor nesta
combinação que mata, de torpeza e de discurso contingente. Estamos a
ser, progressivamente, desafectados dos sentimentos e das razões
formativas, com a cumplicidade relevante de pessoas que havíamos
estimado e admirado."
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