O plasma dos dadores de sangue

...em Outubro o governo confrontado com o desperdício do plasma correu aos "media" anunciar que o problema estava sanado, mas pelos vistos a montanha pariu um rato, o que não admira nada aos "tugas". A governação é mentirosa, continuará a ser, e só tem como objetivo caçar os direitos de quem presta trabalho por conta dos outros, dos pequenos e médios empresários, protegendo os seus comparsas de saias muito largas no mundo do capital,  preocupados veementemente em vingar o passado, colocando na sepultura as conquistas de Abril que colocaram o mundo de olhos abertos perante a façanha de como o povo luso conquistou a liberdade. Está a chegar o tempo de todos acordarem...e cenas como aquela em que o PPC negou a tolerância de ponto do dia de Carnaval, não podem continuar a acontecer: os portugueses não são gandulas-trabalho é uma coisa e cercear direitos é roubo. Podem é ser distraídos ao permitirem que muitos se amanhem nas suas costas por serem demasiado humildes, para defender a sua estabilidade económica, enfim! Todavia, um dias destes darão conta (quase todos já deram pelo logro e abandono a que estão votados) como estão a ser enganados. Os portugueses merecem saber a verdade, pois com verdade e respeitados os seus direitos, liberdades e garantias conseguirão fazer sacrifícios para que aconteça a recuperação económica do país.

O plasma desperdiça-se, mas o ministro da saúde, tabelião dos enfermos, soube cortar sem escrúpulos as taxas moderadoras aos dadores, quando doentes, nos hospitais. O tabelião sabe bem quanto custa uma urgência no hospital. Se o doente precisar de uns examezitos complementares à consulta lá vão €50 euros, para o cofre do homenzito, que tão bem baralhado anda em  como acabar com o SNS e privatizar a Saúde. Este nefasto negócio sempre dará uns tostões de adiantamento a quem comprar mais hospitais, como aconteceu no BPN: quem compra recebe ainda dinheiro, por isso toca a arranjá-lo à custa do pobre e já por si debilitado doente. Os governantes são aves avarentas, uma espécie de corujas, porque até o dinheiro da doença serve para lhes encher o papo.

Sr. tabelião, fique sabendo que os dadores de sangue com ou sem taxas moderadoras continuarão a ser dadores de sangue benévolos, apesar do desperdício de parte do seu sangue-plasma, capaz de diminuir as contas do seu ministério porque são solidários, palavra que o senhor e seus comparsas de poder desconhecem.

P.S - desculpem, este "post" começou a ser escrevinhado por volta das 11h30. Porém, outros valores se levantaram e a escrita ficou em banho-maria.