sexta-feira, março 09, 2012

Tiro ao Alvo


Morre-se mais em Portugal desde que que o governo de Passos Coelho colocou no centro da governação a palavra economizar. Assim o ministro "lambreta" paga menos pensões, o ministro Macedo sem pagar a quem deve, poupa, os doentes (quase sempre os mais velhinhos) têm alta hospitalar por determinação de um "ratio" às ordens das administrações hospitalares, mesmo sem o seu problema clínico resolvido, e morrem. O ministro, o mago Gaspar, desta maneira esfrega as mãos de contente com o encher do "pote" proveniente destes actos de malvadez humana - a negação dos acessos aos cuidados de saúde, não só pela redução de portas de entrada no SNS, mas também pelo agravamento das taxas moderadoras - porque a gentinha aos pouco não tem "cheta"  para mandar cantar um cego, quanto mais para o "luxo" nos cuidados de saúde. Logo, o caminho da morte à boa maneira nazi é uma estrada inevitável.

O rumo sórdido do governo conseguindo poupanças na saúde por desistência dos doentes que não têm dinheiro para a pagar, poupa assim em contrabalanço à falta de receita a cobrar às empresas, porque dia a dia estas vão abrindo falência, por falta de apoio bancário, baralhando os números desejados do ministro das Finanças. Valha-lhe ao menos a economia que faz com a morte dos portugueses, sobretudo do mais velhos. Repito, poupam nas reformas a pagar e poupam na saúde porque alguns "tugas" vão desaparecendo antes do destino que lhes tinha sido traçado pela natureza. Os subsídios por morte serão para pagar quando houver oportunidade!

Ainda bem que as estatísticas funcionam: darão para confrontar a longevidade dos portugueses antes e depois do governo de Passos Coelho. Depois, não digam que passo o meu tempo a fazer tiro ao alvo: ao (des)governo que o nosso eloquente Presidente da República deu à luz  e atabalhoadamente faz tudo para acarinhar, nem que de vez em quando dê "um tiro" no cravo e outro na ferradura, parece-me, pensando que ilude os cidadãos.

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