quinta-feira, julho 28, 2005

Pois! pois! ...as medidas para os políticos ficam para mais tarde!

Contra medidas do GovernoTrabalhadores da função pública e polícias insultam deputados na Assembleia da República 28.07.2005 - 12h38 PUBLICO.PT

Dezenas de funcionários públicos, incluindo polícias à paisana, insultaram hoje o Governo a partir das galerias da Assembleia da República em protesto contra o congelamento da progressão automático das carreiras na Administração Pública.
Durante cerca de cinco minutos, sem que o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, mandasse evacuar as galerias, os manifestantes proferiram gritos como "gatunos", "mentirosos", "fascistas", "bandidos" e palavras de ordem como "a luta continua" e "o povo unido, jamais será vencido".Os funcionários públicos empunharam cartazes onde se lia "não aprovem o roubo", numa acção de protesto que se iniciou após o debate parlamentar da proposta do Governo de congelamento das carreiras até ao fim de 2006, que será votada hoje à tarde."Em Outubro, pagam", disse um deles, dirigindo-se aos deputados do PS e ao Governo, representado pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, e pelo secretário de Estado da Administração Pública, João Figueiredo, numa referência às autárquicas de 9 de Outubro.Muitos deputados mantiveram-se na sala até os funcionários abandonarem, aos poucos, as galerias, conduzidos pelas forças de segurança do Parlamento, e Augusto Santos Silva pedir a palavra para defender o Governo."Em nome do Governo, quero dizer que nada nem ninguém substitui a escolha livre dos eleitores em eleições. É isso que faz a democracia, e a aplicação dos programas sufragados pelo eleitorado é que determina a condução dos governos", declarou.O líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, pediu a palavra em seguida, mas apenas para lembrar que o presidente da Assembleia da República não tinha encerrado a sessão da parte da manhã, o que foi feito de imediato por Jaime Gama.
Notícia do Jornal "O público".
Comentário: Destas atitudes em que as medidas são para os outros, esqucendo-se deles próprios, surgem de facto as mordaças para a Democracia. Quem tem a culpa?