quinta-feira, maio 03, 2007

Finalmente.

Finalmente, a Câmara da Capital caiu. As eleições intercalares podem não significar melhor governação para os alfacinhas, se não se verificarem eleições conjuntas para a Assembleia Municipal de Lisboa. É tempo de os Partidos reverem a Lei das Autarquias Locais. Com mais de trinta anos de Democracia e poder autárquico não faz sentido haver eleições para os dois Orgãos, que constituem a Autarquia. Basta uma só candidatura e, da lista mais votada, emerge o Presidente que depois constitui a vereação dentro da sua lista ou não, à semelhança do Governo. De certeza que os elencos governativos das Câmaras teriam mais qualidade e menos apaniguados dos partidos políticos. A Democracia, se no futuro houvesse coragem política na Assembleia da República para alterar a Lei, sairia reforçada. Então porque se espera? Lisboa, nesta altura é a prova de que urge alterá-la. Após o 25 de Abril até se compreendia essa regulamentação, evitando o regresso dos "caciques" às gestões camarárias. Hoje, esses papões desapareceram e por outro lado os Partidos viam-se livres de outros papões que saltitam dentro deles, sempre à espera de um lugarzito na Autarquia. Os elencos camarários seriam mais representativos da sociedade civil. O Edil teria sempre mais possibildade de escolha entre personalidades competentes que não se querem misturar com os clãs partidários. Vamos opinando para criar o clima propício à mudança desta Lei.
P.S. - Gostaria igualmente de ver algum fervor militante de certas hostes políticas para a dissolução de algumas autarquias, onde há arguidos, como sejam Setúbal, Salvaterra de Magos e outras que não têm mediatismo na Comunicação Social.