sábado, setembro 04, 2010

Aniversário

...o pirata do Manuelinhodévora faz hoje seis anos. Surgiu depois de um outro blogue instalado na concorrência, que ao tempo não satisfazia as ambições dos blogueiros, tendo por título "Mula e Meia" e depois veio à estampa com o nome actual no "blogspot.com".
Como "de poeta e louco todos temos um pouco", cá vamos andando. Tenham paciência! Aturem-no!

5 comentários:

  1. Olá, boa noite e parabéns pela longevidade do teu blogue. Podes continuar, que nós cá vamos fazendo o sacrifício de te lermos. Ah! da próxima vez que te der um desvario mental igual ao da foto, vou sugerir a tua entrada compulsiva no MB (já sabes o que quer dizer a sigla, eheheh!!!)

    Agora a sério, mantém a tua lucidez e o teu espírito crítico em alta, que eu venho aqui ao teu cantinho ler-te com todo o prazer.
    Beijinho

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  2. Sacrifício!Disto só come quer!...

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  3. A parte do "sacrifício" é a brincar!!!
    Depois cá em baixo digo o que realmente penso.
    Bj

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  4. Porque a palavra é uma arma...aqui vai,de Manuel Alegre,com um abraço de "força para continuar".PARABÉNS.

    POEMARMA

    Que o poema tenha rodas motores alavancas
    que seja máquina espectáculo cinema.
    Que diga à estátua: sai do caminho que atravancas.
    Que seja um autocarro em forma de poema.

    Que o poema cante no cimo das chaminés
    que se levante e faça o pino em cada praça
    que diga quem eu sou e quem tu és
    que não seja só mais um que passa.

    Que o poema esprema a gema do seu tema
    e seja apenas um teorema com dois braços.
    Que o poema invente um novo estratagema
    para escapar a quem lhe segue os passos.

    Que o poema corra salte pule
    que seja pulga e faça cócegas ao burguês
    que o poema se vista subversivo de ganga azul
    e vá explicar numa parede alguns porquês.

    Que o poema se meta nos anúncios das cidades
    que seja seta sinalização radar
    que o poema cante em todas as idades
    (que lindo!) no presente e no futuro o verbo amar.

    Que o poema seja microfone e fale
    uma noite destas de repente às três e tal
    para que a lua estoire e o sono estale
    e a gente acorde finalmente em Portugal.

    Que o poema seja encontro onde era despedida.
    Que participe. Comunique. E destrua
    para sempre a distância entre a arte e a vida.
    Que salte do papel para a página da rua.

    Que seja experimentado muito mais que experimental
    que tenha ideias sim mas também pernas.
    E até se partir uma não faz mal:
    antes de muletas que de asas eternas.

    Que o poema assalte esta desordem ordenada
    que chegue ao banco e grite: abaixo a pança!
    Que faça ginástica militar aplicada
    e não vá como vão todos para França.

    Que o poema fique. E que ficando se aplique
    a não criar barriga a não usar chinelos.
    Que o poema seja um novo Infante Henrique
    voltado para dentro. E sem castelos.

    Que o poema vista de domingo cada dia
    e atire foguetes para dentro do quotidiano.
    Que o poema vista a prosa de poesia
    ao menos uma vez em cada ano.

    Que o poema faça um poeta de cada
    funcionário já farto de funcionar.
    Ah que de novo acorde no lusíada
    a saudade do novo o desejo de achar.

    Que o poema diga o que é preciso
    que chegue disfarçado ao pé de ti
    e aponte a terra que tu pisas e eu piso.
    E que o poema diga: o longe é aqui.

    O Canto e as Armas, 1967.

    continuar" PARABÉNS.

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  5. Parabéns e em frente é que é o caminho!

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