...nem mais! Para que serve a austeridade se a crise não pára de crescer? Mário Soares no seu melhor, na crónica de Terça-Feira, no DN de hoje. Por aqui alguns respigos que considero mais importante do texto:
..."As populações
espanholas e a portuguesa são profundamente europeístas, porque sabem
bem o que devem à integração europeia. Mas, hoje, estão a ser vítimas de
uma crise importada de fora e agora imposta pelos mercados
especulativos, que estamos a viver."
... "Mariano Rajoy veio
recentemente a Lisboa encontrar-se com o primeiro-ministro, Passos
Coelho, e declarou - o que foi simpático - que ia seguir o seu exemplo
em matéria de medidas de austeridade, para reduzir a dívida."
... "E por razões
nacionais e eleitoralistas talvez, a dupla Merkozy esteja a dar sinais
de mudar. Veremos quais são os remédios - se os houver - para salvar o
euro que a Cimeira de Bruxelas tenha para apresentar. O jogo dos
mercados especulativos atinge agora dois grandes países: a Espanha e a
Itália. E com eles tudo fia mais fino."
..."Com a recessão a
crescer, em virtude das medidas de austeridade, para que servem tais
medidas, se iremos de mal a pior? Foi o que o FMI, pela voz da sua
presidente, a francesa Christine Lagarde, ex-ministra das Finanças de
França, já pergunttou, sem papas na língua..."
..."Com os
desempregados com pensões de miséria e sem casa nem serviços de saúde
onde se possam acolher? A saúde, têm-nos dito nos últimos anos, é cara
demais para poder tratar os pobres. Que morram!, dizem os
ultraconsevadores. É a regra da seleção natural aplicada aos humanos. Os
ricos sobrevivem e os pobres que morram... Não há humanismo nem
valores. As pessoas não contam. Ora, não foi para isso que se criaram as
democracias e as conquistas sociais que nos trouxeram."
..."Não foi por
acaso que o Presidente Nicolas Sarkozy há dois anos falava em
"refundação do capitalismo", embora politicamente nada fizesse nesse
sentido. Hoje, é o seu principal rival, François Hollande, a três meses
de ser eleito presidente da República (leiam--se os jornais e as
revistas franceses), que declarou aos franceses: "O meu inimigo não é
Sarkozy, mas as Finanças." Percebeu que, com as classes médias à beira
do desastre, é preciso não deixar morrer as conquistas sociais, que
deram à Europa, pelo menos, quatro décadas de paz, de progresso social e
de bem-estar...
É por isso que Hollande entende dever reforçar o
papel do Estado, ao contrário daqueles que o querem destruir. Quer:
reformular a fiscalidade, fazendo pagar os mais ricos; voltar a lutar
pelo "pleno emprego"; auxiliar os jovens, através de um contrato
geracional que relance o emprego; criar um grande banco de investimento
público, para auxiliar as pequenas e médias empresas; relocalizar, em
França, as grandes empresas; revalorizar, quanto ao ensino, as escolas
profissionais e tecnológicas; reformular a autonomia das universidades;
e, entre outras medidas, insistir nas políticas ambientais, nos últimos
meses esquecidas."
...O Fundo Monetário
Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE) querem crescimento
na União e luta contra o desemprego para salvar o euro. É óbvio. Mas as
sucessivas troikas parecem desejar substituir-se aos governos legítimos.
Uma vergonha inaceitável, de consequências extremamente negativas!
Quando este artigo sair talvez já possamos saber se a Cimeira marcada
conseguiu decidir mudar alguma coisa. Ou ficar, como de costume, tudo na
mesma."
( Imagem:indradilsonmiranda.blogspot)
E muito mais, falando de Justiça. Logo, eu acrescento a Ministra da Justiça, sr:ª Paula Teixeira da Cruz; anda muito mais preocupada em investigar as contas da Justiça, de obras feitas por muito dos seus comparsas, cujo fim da investigação todos sabemos-arquivo daqui a muitos anos, mas não se preocupa com o arquivamento do processo de Isaltino Morais, nem com o caso BPN que traz a arder as orelhas de muitos que foram líderes do seu Partido, porém o caso parece estar em vias de resolução e o sr: Oliveira e Costa, um dia destes terá por aí uma estátua, se não for para os lados do CCB, pode ser mesmo em frente à quinta da Coelha, no Algarve-fait divers. Como se não bastasse não manda fazer justiça aos labregos do capital que adiam e negam pagamentos sucessivamente a quem trabalha e as pequenas e médias empresas, o que atira para o abismo mais depressa Portugal, pondo em causa a democracia que a senhora ministra e o Governo desprezam de forma oligárquica, como se não fossem eleitos democraticamente. Se não tivessémos Democracia ninguém queria estes "terribles enfants" para nada. Eles são o desnorte do País.
Sem comentários:
Enviar um comentário