(Imagem: in blogdacomunicacao)
Não há cão nem gato que a soldo de uns trocos não surja em qualquer "media" a afirmar umas larachas, mais ou menos encomendadas acerca de vida (ir)real do nosso País e até da Europa. A maioria de experiência muito novinha, quase com os culotes intelectuais presos aos fundilhos das calças, tornando-se parecidos à petinga esguia, apontando o pensamento para a opinião balofa, servindo em simultâneo o objectivo encomendado e válido no momento e, tantas vezes violentam a sua própria consciência, porque a nossa pequena "paróquia" dá azo a diversos conhecimentos interpessoais. É a chamada sobrevivência "amanteigada" à tona da onda, coisa terrível que empurra qualquer espírito pouco culto e pouco experimentado para o lado da baliza mais vulnerável, tendo por objectivo obter mais golos para aquele opinador se tornar apetecível face ao poder vigente, quase sempre às ordens de um patronato cada vez mais carente de escrúpulos, a fim de obter muitas benesses económicas: todos os maus jogos são possíveis desde que a ação psicológica propalada leve a bons resultados, perante o cidadão menos incauto e distraído. Direi doença dos tempos em que os valores do cidadão foram atirados às urtigas, para mal de uma sociedade, que devia gozar de boa saúde. Enfim!
Há tempos, talvez decorridos já dois ou três anos, num programa da Antena1 ouvi alguma gente que já tinha feito muita rádio e alguma televisão afirmar que em Inglaterra os comentadores são pessoas idóneas, que já fizeram a escola da vida, de uma cultura invulgar e invejável para muitos deles que por aqui andariam há muitos anos, mas teriam a noção de que ainda não tinha lá chegado nem nunca chegariam a esse patamar, pois alguns já estavam na prateleira ou para lá caminhavam. Dei por mim a refletir que estes profissionais da comunicação tinham razão, até por conhecimento próprio desde que me conheço atento à vida política do País, e não foi preciso que o 25 de Abril tivesse acontecido para mim.
Nos últimos dias toda uma rede de comentadores fala, uns mais dos malefícios da Maçonaria, outros menos das boas causas dessa organização secreta. Levou a uma panóplia de opiniões avulsas, de que muitos "comentadores" falaram ou escreveram, notando-se neles rapidamente a impreparação cultural para a abordagem séria do tema e normas (se é que são possíveis) tendo como objetivo a transparência da vida democrática do País. Nem quero pensar quando essa gente tiver que falar (também já o devia ter feito) de outra organização de raiz católica a Opus Dei ou até mesmo de formação jesuíta, como ontem à noite um ministro afirmou.
Tudo pode ser esquisito. Porém, não devemos querer uma sociedade enjeitada, que cada vez mais, pelas dificuldades dos tempos de hoje se pretende mais solidária e atenta à discussão de valores humanos, há muito arrastados para o caixote do lixo e tão necessários, sobretudo aos que passam mais dificuldades. Estes comentadores "media" que temos não levam os portugueses a lado nenhum!
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