quinta-feira, setembro 10, 2009

Forte de Peniche


Quando visito Peniche nunca resisto à tentação de visitar o Forte. Aconteceu hoje mais uma vez! Ao entrar, cheira-me a um ar de liberdade vindo do distante e, ao mesmo tempo um arrepio forte na pele, ao pensar que por aquela deprimente masmorra, passaram tantas pessoas que lutaram contra o Estado Novo dos energúmenos Salazar e Caetano, sofrendo sevícias brutais à mão da nefasta PIDE, por desejarem um País democrático, onde as palavras justiça, igualdade e solidariedade fossem possíveis.
Hoje não resisti a sentar-me no parlatório do cárcere e, recuando no tempo meditei no estado de espírito dos presos, quando a visita lhes era permitida: revi olhares tristes e de esperança trocados mutuamente entre o visitado, o familiar, ou o amigo. De facto a nossa liberdade teve um preço: foi a valente resistência daqueles que souberam dizer não ao fascismo. A eles todos, os democratas devem estar agradecidos.
Lembrar-me eu que nos dias de hoje tantas pessoas, sobretudo por inveja, atropelam a liberdade dos outros muitas vezes sem pensar, lutando pelo seu "job" que está por perto. Enfim, filhos de outros tempos.
A foto do Manuelinho não é mais do que uma homenagem aos anti-fascistas e, serve ao mesmo tempo para afirmar que a liberdade de cada cidadão começa onde acaba a liberdade do outro. Saibamos cada um "per si" usá-la com transparência não só por ser nobre, mas também porque a democracia deve funcionar em pleno...

3 comentários:

  1. Também fiquei arrepiada quando visitei esse forte!
    Esse local devia ser de visita obrigatória a todos os estudantes do secundário!

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  2. Muito bonito, mas há anos que nao vou lá, tenho que lá voltar brevemente para o rever.

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  3. Estes momentos que descreves na visita ao forte de Peniche, merecem bem umas palavras de conforto à tua meditação e aconchegar-te com o apoio
    de tantos companheiros que estão contigo. Abraço

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