quinta-feira, agosto 11, 2005

Reformas!

Há épocas em que toda a gente refere que, no País, são necessárias reformas.Parece, por vezes, que toda a gente as quer, a começar pelos políticos. Porém, cheira já, que as reformas se forem levadas a efeito, de forma condizente com os tempos de hoje, vão fazer doer a muitos. De tal maneira que a classe política, bem caladinha deixou o que há a reformar nela para Setembro, acto que condeno. Vamos deixar eleger os novos autarcas, em Outubro, e que os mesmos tomem posse. Acontece que os desapeados das mordomias autárquicas juntos com os deputados arredados das diversas forças políticas nas últimas eleições legislativas levam uns dinheritos a mais de subsídio de reintegração, sabe-se lá em quê. Vamos lá entender isso! Será por começarem a calcorrrear caminhos, que são de todos? Se é isso, não deve haver lugar a tais subsídios. A vil plebe que pague a crise, julgam eles, nós não!
Outros, que nunca souberam o que era trabalhar, muitos dos polícias, e sobretudo militares "amestrados" até há pouco tempo para gozarem de forma divertida com os filhos dos outros, de vida profissional voluntária, bastante fácil e com pouca responsabilidade. Refiro-me aos sargentos: verberam que estão dispostos a tudo. Quase que as suas atitudes públicas dão para entender que estão dispostos a sacrificar a democracia. Esquecem-se que foi a democracia que lhes deu uma vida melhor, lhes possibilitou organização de classe. Foi ainda a democracia que lhes trouxe o orgulho da farda. Sim, porque no fim do Estado Novo a vida destes era tão degradante, que muitos tinham vergonha de andar fardados na rua. Enfim, lá diz o povo:"a memória é sempre curta".
Resta-nos esperar quais as medidas que o Estado democrático vai tomar, perante as atitudes referidas, com origem em movimentações duvidosas e não mais alarmantes porque se vive na Europa. Saibamos estar atentos e não deixar beliscar a democracia. A nossa liberdade permite apoiar ou criticar os governos sufragados pelo voto e tem ciclos eleitorais próprios. Tudo o resto assemelha-se a totalitarismo e este não sabe conviver, como se sabe, com uma sociedade de igualdades de oportunidades para todos sufragada nos actos eleitorais. Estejamos atentos e exija-se o respeito pelas instituições democráticas. Os mais velhos sabem bem como foram tratados pelo regime derrubado pelo 25 de Abril.

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