domingo, março 26, 2006

Regiões! Vai haver?

Parece que as regiões a constituir são cinco. Aplaudo! Nunca fui muito adepto das áreas metropolitanas, nem das comunidades urbanas criadas no governo do Sr. José Barroso, com o apoio do PSD e do CDS. Elas foram até esquecidas por esses Partidos, mas não deixam de estar criadas e tiveram algum mérito. Houve debate político e muitas das Assembleias Municipais despertaram: as autarquias e a sua população eram abrangidos por problemas idênticos, transportados das aldeias à sede dos seus Concelhos. Muitos desses novos Orgãos regionais surgiram por bairrismo provinciano exacerbado e prenhes de interresses mesquinhos à semelhança dos "Agrupamentos Escolares". Estes foram criados ao livre arbítrio dos professores, de tal maneira que nesses agrupamentos há "enclaves" onde escolas se situam e pertencem a outro agrupamento, muitas vezes dentro da mesma freguesia. Foi uma espécie de poder popular dos professores, que aconteceu. Na reforma do parque escolar as autarquias de Freguesia não têm mais valias; ou os "Agrupamentos Escolares" são reformulados, ou as mesmas têm que efectuar, com mais custos, transportes diversos, dos alunos.
Estou de crer que na Saúde, se não houver cuidado na criação das "Unidades de Saúde Familiares", vai acontecer a mesma coisa (já há alguns sinais) com protestos da população na rua e a enevoar uma realidade nova, donde há muito a esperar. Vamos estar atentos! Os médicos de família não se devem agrupar por simpatias mútuas, mas porque acreditam na sua capacidade de desenvolver trabalho em equipes multidisciplinares, envolvendo também os outros profissionais de Saúde, sem esquecer o espaço geográfico da população a servir.
Com a criação das Regiões nada disso deverá acontecer. Nem fenómenos como os em cima descritos, nem com outros serviços do chamado "estado social", a criar. Acreditamos que durante a criação das Regiões "de facto" muito debate político, que deve ser desinteressado, realizar-se-á, para que esta transfomação seja a reforma efectiva de que o País nessecita. De uma vez por todas se coloque uma pedra nos organismos do antigo regime, onde os cidadãos quase sempre não tem razão e até parecem, por vezes, que existem para servirem os funcionários que empregam. Ao chegar às Regiões "de iure", os organimos estatais devem interagir entre si democráticamente para que os cidadãos saibam que podem confiar plenamente nas suas instituições e que as mesmas estão ao seu serviço. De outra maneira a criação das cinco Regiões não fazem sentido.

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