A quadra que vivemos leva-nos a pesquisas de pessoas simples, artistas-cançonetistas que ouvíamos na rádio, muitas vezes, quando íamos à costureira na infância provar umas calças novas (não havia pronto a vestir) ou qualquer outro trapito. Que sorte! Nem todos os meninos tinham direito a isso! Lá estava a "telefonia" nos "discos pedidos" com músicas românticas de Tony de Matos ou a conversa abordava sofregamente um seu novo disco. Tony de Matos partiu os corações desta "classe profissional" - mais artesanal, que transversalmente atravessava aldeias, cidades e vilas deste Portugal. Ao tempo, o artista foi um símbolo enorme da nossa música ligeira, que acabou por morrer esquecido dos "media": os tempos ja eram outros! Força Tony de Matos!!!...as tuas costureiras foram para as fábricas. Hoje, muitas dessas fábricas emigraram para longe, onde existem pessoas exploradas, (nem imaginas!) como nas primeiras cinco décadas da tua existência. O dinheiro fácil, vindo do longe, soou mais alto na Europa e esta não foi capaz de denunciar, que se os produtos cá chegavam baratos, alguém, em nome de um capitalismo desenfreado e sem regras estava a ser explorado e, outros banqueteavam-se "à grande e à francesa". Agora, esta civilização ocidental, chupa no dedo...ninguém dá volta à globalização. Que palavra esquisita!... música
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