sexta-feira, maio 21, 2010

Questões?!...

Numa coisa estou de acordo com a CIP: reduzir o número de deputados, cortar e extinguir serviços, acabar com muitos institutos públicos e, reduzir o número de autarquias. Estas não surgem no link, mas ouvi António Saraiva na TV referir-se à redução de Câmaras Municipais e consequentemente algumas Freguesias. Claro que muita gente não gosta disto e quer regular-se para umas coisas, pelo velho "municipalismo" de alguns séculos e, para outras coisas, regular-se com um cariz vanguardista à grande e à francesa, gastando proventos enormes, a sugar do bolso dos munícipes, como se cada autarquia pudesse viver "de per si". Claro que não! Cada vez mais, os serviços municipais são dependentes uns dos outros e, de tal maneira que as Câmaras lá vão estabelecendo parecerias entre si, em nome da boa conivência democrática entre concelhos, para colmatar a falta de intercomunicação entre "territórios", quer de ordem escolar, quer de outra ordem de cultura, quer no que respeita às vias de comunicação, quer ainda na rede de transportes, etc e, etc. Então, inventam-se associações de municípios, comunidades urbanas, áreas urbanas e tantas outras, de que todos sabemos o nome, autênticos sorvedouros de dinheiros públicos, onde os seus gestores muito auferem e pouco produzem de útil para as suas populações. Nada melhor do que, em curto espaço de tempo, o País avançar para a Regionalização e, então criarem-se áreas populacionais (o nome por enquanto não interessa) capazes de substituírem diversas autarquias e, servirem a população residente de forma mais eficiente face às suas características endógenas, com menos custos.
Tudo isto quer dizer, que em vez de diversas câmaras comprarem diversos "cilindros", a nova entidade só compraria um ou ainda se uma determinada autarquia tivesse necessidade de alcatroar 40 quilómetros de estradas, a nova entidade empreitaria 500 quilómetros de uma só vez, o que faria descer o preço do mercado e o aproveitamento da verba a poupar, seria canalizada para outra aplicação. Ou ainda, se uma Câmara tem uma rede de transpores escolares compartimentada pelo seu território, logo com a essa agremiação de núcleos populacionais tutelados pelo novo órgão reduziria as redes de transportes de alunos, por que essa nova organização territorial. Todo este sector seria redimensionado! Estamos a ver que essa reforma traria centenas de milhares de euros, de poupança. Mais, ganhava-se ainda com a redução de vencimentos: seriam reduzidos face à reforma introduzida, no novo quadro orgânico quer de quadros, quer ainda da redução de números dos eleitos.
Resta-me dizer, que sou contra esta panóplia de autarquias a cheirar a naftalina de objectivos passados e, de muitos "jobs" repetitivos eleitos ou não; neste capítulo estou de acordo com a CIP em relação a esta matéria. Uma boa regionalização, bem elaborada, dotada de causas comuns e, não ao jeito partidário de uns tantos, tornaria Portugal em matéria de servir as populações num país moderno, estou certo! Não é a primeira vez que trago à liça este tema. Certamente, voltarei mais vezes ao tema. A nossa juventude tem direito a viver num País com respostas para as suas solicitações e, mais à vontade, com tranquilidade e outra riqueza. No resto das pretensões da CIP recordaria, que muitas delas não passam de aleivosias do patronato.

2 comentários:

  1. Já defendi muitas vezes o "desaparecimento" de certas freguesias e de certos municípios.
    Nas freguesias não haveria grande problema com os funcionários, porque algumas nem têm funcionários a tempo inteiro.
    Quanto aos municípios já seria mais complicado na medida em que mesmo os mais pequenos criaram uma estrutura de pessoal, muito pesada.
    Temos que também olhar para isso mas que este espírito de capelinha não nos leva longe, não!
    E ainda há quem queira novos municípios quando a hora é de integrar e não dividir territórios!

    Abraço

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  2. Sei que as pessoas não são números, mas a nossa sociedade para ser harmoniosa tem que ser reorganizada.Quanto aos despedimentos será que uma sociedade bem reorganizada fica sem empregos?...esse não é o objectivo. Será antes poupar para que o engenho e arte do homem criem mais riqueza com a sobra dessas reformas. Eu acredito no homem promotor, capaz de criar emprego sem recorrer a tantas formas duvidosas de emprego e logo de criação de riqueza, lavrando um fosso abismal entre classes. Não há dois séculos iguais.

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