Não há ninguém que não deixe desembarcar este senhor Moscovici? Parece ser "personna non grata", em Portugal. Que eu saiba o nosso País ainda é um Estado soberano, com quase nove séculos de História.
Permitam-me contar uma história rocambolesca da Guerra de Angola, onde infelizmente muitos jovens portugueses, ao tempo, estivermos.
No final de uma semana fez-se uma guerra devidamente preparada, a nível de General da Zona que albergava o meu Comando de Sector e Sub Sector, para surpreender os nossos adversários, já que ao fim de semana habitualmente a guerra parava. Aconteceu que também envolvia a Força Aérea, cuja maltinha no fim de semana pisgava-se para Luanda e não levou o assunto a sério e não ligou patavina à missão que lhes estava destinada e combinada, se necessário. Aconteceu ainda, que nesse Domingo de manhã foi necessário fazer o remuniciamento do nosso pessoal e pedido o apoio aéreo este falhou, tendo sido feito o inegável apoio de munições por terra, com elevados riscos humanos. Claro, que quem comandava-excelente profissional, a operação não se calou e na 2. ª Feira de manhã vieram 3 helicópteros com o pessoal Superior do Comando da Zona, onde vinha o Comando da Força Aérea para um famigerado "breefing", no quartel do Sub Sector.
Foram dadas ordens, as quais ninguém foi capaz de desdizer-nem os "Oficiais Generais", para não deixarem sair dos Helicópteros os " ditos aviadores" de Comando. Ficaram dentro dos hélis com uma segurança local devidamente montada, não fosse o diabo tecê-las, para os proteger. Aos Cabos Especialistas pilotos foi servido um pequeno almoço na messe dos sargentos e aos "Oficiais Superiores" do ramo do Exército igualmente na messe dos Oficiais, antes do início dos trabalhos. Quem não manducou foi quem ficou nos helicópteros e gostei da ação desenvolvida.
Serve isto para dizer que, quando os homens querem, podem! As "personna non grata" podem ficar de fora. Desculpem este desabafo, mas também amadureci com o tal "Comandante".
Alguém na Quinta-feira vai pisar a mais o nosso solo Luso.
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