sábado, dezembro 05, 2009

Trá,lá, lá...

O primeiro Ministro foi ontem ao parlamento, apesar das forças partidárias ali representadas preferirem antes a ausência de Sócrates, para fazerem "o faz conta" da governação do País a partir de São Bento, sobrepondo-se ao Governo de maioria relativa. Claro que o chefe do Governo não tem medo e acha que no Parlamento é que deve prestar contas quinzenalmente aos portugueses. Para isso foi eleito.
Sócrates no Parlamento enfrentou uma direita perdida, como se esperava, a querer vingar-se das medidas de modernidade introduzidas no País, nomeadamente a despenalização do aborto, o que coloca Portugal em pouco tempo no seio dos países da Europa mais avançados. São medidas, que a direita conservadora portuguesa não perdoará ao Governo do PS, porque sabe que as suas clientelas não ficaram satisfeitas, nem lhe perdoarão e, nem que isso signifique sacrificar o posicionamento pró-Europa, como se verificou no Domingo passado: fugiu a sete pés de comentar a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, cujo grande obreiro foi o 1.ª Ministro de Portugal. Nós percebemo-la!...
A esquerda portuguesa teve o posicionamento anterior face ao tratado de Lisboa e, tanto fala em nome dos trabalhadores, parece que embarcou de vez na política do vale tudo (se alguma vez de lá saiu), colocando-se do lado da nossa direita envergonhada, de cunho não democrático, apostando firmemente no que é necessário para transformar Portugal num País ingovernável, quase apostando numa qualquer revolução sangrenta, como se a Nação vivesse isolada da Europa, onde se veriam depois quais os vencedores, direita ou esquerda, que empurarriam os portugueses para uma noite de trevas através de uma ditadura imposta ao povo, com o funeral da democracia. Nada disto vai acontecer, porque o povo é sábio e, não quer para o seu País uma governação tipo Alemanha de Leste, como se verificou ainda há bem pouco tempo, no aniversário da queda do Muro de Berlim, o PCP fez crer que a melhor governação para um país foi esse modelo sanguinário, que por lá imperou. O povo dirá não ao BE, sociedade da UDP e de muitos istas e companhia, que através de uma nova sigla muito disfarçada, vai arrastando cidadãos, que sofreram na pele reformas necessárias ao funcionamento de um País que se tornou mais moderno e justo mas, após balela fácil dessa força partidária, que nunca terá responsabilidade na governação, estes julgando ter uma vida mais fácil para si e esquecendo os vindouros, lá se deixam arrastar, votando neles. Até o irmão-padre Louçã, nas últimas eleições fez campanha como candidato a primeiro-ministro. Bonito!...é um direito que lhe reconheço, mas que a democracia sufragará nas urnas no tempo das calendas gregas.
Ontem no parlamento, o Primeiro Ministro anunciou ainda o aumento do salário mínimo dizendo «é nos tempos de dificuldade que devemos olhar com mais atenção para quem mais precisa». Parece que muita gente não quis perceber a medida de alcance para muitas das bolsas portuguesas, as mais desfalcadas - e são muitas. Muitos dos jornais devem colocar esta medida numa qualquer página escondida; a direita ao anúncio dessa norma fez que não ouviu; o BE/UDP cuspiu para o lado e, envergonhadamente, o PCP lá disse que saudava a medida. Honra seja feita às centrais sindicais, percebendo para onde muitos querem arrastar os trabalhadores, de imediato saudaram a medida e o seu alcance. Claro, para que esta seja viável também foram anunciadas medidas para facilitar a vida das empresas, em estado pouco saudável.
Ao País e aos portugueses vale-nos a teimosia de Sócrates, que as forças partidárias querem eliminar na secretaria, porque sabe que nas urnas irão perdendo sempre. Enfim, lá têm os seus motivos...haverá outras " inventonas".
Os tempos são cada vez mais difíceis, porque não podemos fugir ao mundo global. Teremos que estar empenhados na construção de um estado social forte, capaz de responder às mais variadas solicitações de todos, onde as famílias tenham paz, discernimento e justiça social. Tal só é possível com uma governação de Sócrates - o mal amado dos outros partidos - com o apoio do Partido Socialista, que saberá mobilizar-se quando se tornar necessário. Foi no passado e, estou certo, saberá fazê-lo no futuro!

6 comentários:

  1. Para além de outros comentários que não tenho a "pachorra" de fazer queria chamar a atenção para a frase " como se a nação vive-se ou vivesse?". Não sou especialista e por isso ando sempre com um dicionário atrás de mim, mas parece-me um erro grave. Quanto à parte política muito há a comentar mas, como já disse há pouco, não estou com "pachorra". Cumprimentos.

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  2. Obrigado pela correcção. A "gralha" foi corrigida. Sempre vale a pena a publicidade!...

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  3. 1º louvo a liberdade de comentar de quem por aqui passa a mando, só para corrigir uma gralha.
    2º o desnorte é total nas oposiçoes da AR, nem sei se eles sabem muito bem o que andam por lá a fazer...embora a intençao seja claramente a de apear o governo, o povo está saturado de eleiçoes e de os aturar.

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  4. Como e possivel escrever um chorrilho tao grande de imprecisoes, calunias e suposicoes.
    Portugal precisa de um Governo que governe para a maioria dos portugueses e nao para o capital predador.

    Ja agora como e possivel acreditar que a culpa da crise em Portugal e da economia a nivel global, quando tivemos 5 anos de politicas economicas que apesar de muitissimos avisos na AR acerca da crise que ai vinha o PS nunca ligou como autista que e.

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  5. Olhe que não!...veja a última sondagem do Expresso. Deixem de tratar o povo como se fosse inculto. Fique bem!..

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  6. Ainda bem que temos uma oposiçao na AR com bola de cristal, prevendo à distancia a crise economica mundial, e que Madoff ía dar o golpe do baú. Ao nao ter informado o governo desses factos, isso não é atentado contra o Estado de Direito? (-já que a expressao está tao em voga!...)
    Claro que a crise da economia nacional tem a ver com a da economia global, mas querem-nos fazer crer que, às tantas, a crise até começou em PT, e que sendo este um país pequeno, periférico, pesa imeeenso na economia mundial...
    ele há cada um!!!

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