segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Maluquice?

Parece-me, que a Europa e os seus Estados membros andam loucos.Será?...que dirão o Dr.Paulo Portas e o deputado europeu Nuno Melo, que têm um ódio louco a Vítor Constâncio acerca desta eleição, assim como toda a oposição. Discordar de vez em quando de uma pessoa que ocupa um cargo relevante numa Instituição do País, é próprio de uma democracia, agora vomitar ódio a todo o vapor não concordo. Deixo o registo de tal discórdia!...
Formulo votos para que Vítor Constâncio tenha um bom desempenho nas novas funções, na vice-presidência do BCE. Bom trabalho!...os portugueses têm orgulho em quem os representa em altos cargos, tanto na União Europeia como pelo mundo. Parabéns!!!

P.S. - Adenda: Dia 16 de Fevereiro! O que diz o ediorial do DN de hoje, acerca do tema:

A nomeação de Vítor Constâncio para a vice-presidência do Banco Central Europeu (BCE) é uma boa notícia para Portugal. Ela reveste-se de um singular significado nos dias que vivemos, em que se questiona a capacidade de vários países do Sul da Europa poderem cumprir com as suas obrigações enquanto membros da Zona Euro. O actual governador do Banco de Portugal (BdP) é bem conhecido em Frankfurt: há dez anos que trabalha com os seus pares nessa aventura sem precedentes que é a moeda única europeia.

Nesse sentido, a nomeação para este alto cargo na direcção do BCE constituiria sempre o reconhecimento da carreira de um economista de mérito. Mas é mais: é também a validação da sua acção à frente do banco central português, da sua supervisão e da solidez relativa alcançada pelo sector financeiro em Portugal, que o poupou aos abalos de que outros sectores congéneres se tiveram de recompor por essa Europa fora.

Neste segundo sentido, a nomeação de Vítor Constâncio constitui uma bofetada de luva branca para todos os que se encarniçaram no ataque à sua actuação nos casos polémicos do BCP, BPN e BPP, tentando responsabilizá-lo pessoalmente pelo facto de a supervisão do BdP não ter conseguido evitar um conjunto de práticas criminosas naquelas instituições bancárias. Ironicamente, nas suas novas funções consta precisamente o pelouro da supervisão do BCE. Seria impensável atribuir tais funções a alguém sobre quem pendesse a menor dúvida acerca da sua actuação passada nesta matéria.

Reconhecido o contributo que Portugal tem dado para a implantação e consolidação do euro, esta mudança de Constâncio para Frankfurt levanta agora a questão, igualmente decisiva para nós, de escolher a pessoa certa para dirigir o nosso banco central nos próximos anos.


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