sexta-feira, outubro 14, 2011

Viva a preguiça.

(imagem:inobviousmag.org)
Hoje não me apetece escrever. Amanhã vou para um almoço "suis generis", de conterrâneos. A malta lá da sede da freguesia que andou a bater com as costas na guerra das colónias tem o hábito de se juntar uma vez por ano, para uma almoçarada. Almoço esse que se fazia no salão das festas lá do burgo e tinha uma excelente particularidade: os pais dos "guerrilheiros" também participavam. Era um fartote de convívio, onde vinha à tona das conversas boas recordações, umas melhores do que outras, parecendo que a terrinha renascia. Pais, filhos, netos e um estender de mão: quando não eram primos, eram parentes e uma nova história a sair nem que fosse de um lobisomem a caminho das quatro estradas do Casal Barbeiro: claro que todos conheciam o bom do homem travestido na imaginação de muitos. Por sinal foi muitas vezes o meu barbeiro: possuía muito saber popular.
Nos dias de hoje, os pais já partiram e alguns dos "combatentes", também. Como a tradição já não é o que era, o pessoal não sei se por indisponibilidade das pessoas (eu sou uma delas), desta vez realiza o convívio num restaurante. Pena! Eu vou, apesar de ser muito faltoso, porque quero rever colegas da aldeia e recordar muita coisa. Afinal, a idade sempre gostou de revisitar o passado.
Lanço um voto: que ninguém volte à aldeia para uma agricultura de subsistência, face aos tempos difíceis impostos a todos, por alguém que não passou pelas dificuldades de antanho, mas quer assemelhar-se ao famoso "unha grande", que deixou ouro nos cofres e os cidadãos na miséria, onde nem as necessidades básicas eram garantidas. De novo "a aldeia" merecerá ser repensada.
Olha, o preguiçoso acabou por escrever. Desculpem!

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