quinta-feira, outubro 14, 2004

Será que vamos imitar a Itália de Berlusconi?

Em Itália o sr. Berlusconi não tem o problema que o sr. Lopes possue: o contrôle da informação.
O sr. Berlusconi é o patrão de quase toda a informação e não tem preocupaçoes de controlar o pluralismo dito democrático da sociedade italiana. A democracia, em Itália, mexe-se através das ideias controladas por esta informação. E a partir daí, dá-se a "construção massiça" de tudo! Nada pode contariar a opinião do "boss". Para isso é que ele tomou o poder, embora por eleição sufragada.Porém, toda a eleição foi controlada pelos "media" que prosseguiam os objectivos do Chefe. E todos estamos certos que, se for necessário, os tribunais criam um casaco à medida de Berlusconi, como já aconteceu,sem sinais que este despotismo cesse.
Em Portugal, não é bem assim mas as regras a criar são idênticas! Do sr. Lopes não se conhece fortuna pessoal mas é um ardiloso trabalhador na matéria de informação. Os tentáculos começam a produzir os seus efeitos e o sr. Sousa já foi de abalada. O Sr. Moniz deu algumas justificações do pluralismo sempre existente na TVI, mas quem ordena é o sr. Paes, que tem de proteger os seus negócios, os quais serão condiciondos se não for respeitado o pluralismo que o sr. Lopes deseja. O sr.Lopes num esforço inabalável não deixará de controlar toda a informação o que lhe advem de ser 1.º Ministro, já que não tem capital próprio, como penso, para actuar à maneira do Sr. Berlusconi.
Que resta aos Portugueses para que não acontença em Portugal o que já existe em Itália? Resta-lhes interessarem-se pela opinião pública. Não podemos deixar que outros decidam por nós. É bonito a nossa selecção de futebol ganhar 7-1 à Rússia, festejar, dar pulos e fazer até outras manifestações de gáudio. Mas não podemos esquecer também que vivemos em sociedade, que se quer próspera e solidária. Para isso não podemos ir no jogo de que a nossa vida pertence á decisão dos políticos e sobretudo aqueles políticos que gostam de decidir pelos outros, dizendo mal da política e, como agora acontece, referem ainda que os portugueses têm uma maioria coesa e que prosseguem a justiça social. Estejamos atentos, caso contrário o "slogan" Deus , Pátria e Família pode estar a chegar.
Só a nossa partcipação activa como cidadãos de direitos plenos, na autarquia em que vivemos, na discussão pública dos problemas quer locais, quer nacionais fará mudar a opinião dos políticos que nos querem encaixar um modelo de pluralismo democátrico que sirva no seu casaco e, não num País livre , participante, onde o direito de cidadania seja exercida por todos.

1 comentário:

  1. Mais do que assumirmos as nossas responsabilidades como cidadãos, importa prever o futuro e pensar num outro "movimento de libertação".

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