domingo, outubro 24, 2004

Cheque-Cirurgia!

O Sr. Pereira, Ministro da Saúde, anunciou a emissão de vales-cirurgia para os utentes que no âmbito do SIGIC, (Sistema Integrado de Gestão para os inscritos em Cirurgia) não obtenham em tempo útil a cirurgia pretendida, e que queiram recorrer à medicina privada. Parece que o arranque desta iniciativa será no próximo mês de Novembro:já acerca de dois anos tinha havido por parte do Sr. Ministro um anúncio desta iniciativa, que foi em falso. Espera-se que desta vez seja a valer. Os clientes do SNS merecem-no. A iniciativa é de louvar.!
Entretanto, urge criar regras para as Unidades de Saúde Privadas. Estabelecer normas para que os Profissionais que desenvolvam a sua activdade nestas Unidades, o façam a tempo inteiro. Que haja verdadeiras "oficinas privadas" de saúde, com uma gestão séria, de forma a permitir que jamais uma intervenção aqui realizada e que corra mal, vá ser "reparada" num Hospital do SNS, como tantas vezes acontece. Só assim teremos uma Saúde concorrente, o que em meu entender não faz mal nenhum aos doentes. A medicina pública só será boa ser tiver um concorrente, o que não acontece agora. Porque como está a funcionar a Saúde em Portugal, o concorrente da medicina estatal, continua a ser o SNS.
Não há que ter medo destas reformas. O Ministério da Saúde que estabeleça normas, quem paga, e o que paga, de forma que haja um livre acesso aos dois sistemas de Saúde e que a falta de meios não seja impedimento para o cidadâo recorrer ao serviço que melhor o sirva.
De certeza, com duas medicinas concorrentes, os Portugueses terão melhor Saúde. Não é só necessário falar de reformas. Urge implementá-as!

3 comentários:

  1. E se os senhores doutores atrasarem ainda mais as cirurgias nos hospitais para as poderem levar para as suas clinicas? Não te parece que isto possa acontecer?

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  2. @@@, Salta, como sabes gosto muito de agitar as águas.Porém, em relação às Unidades de Saúde Privadas (e a criar de origem, a mercê da concorrênia, para além das poucas já existentes - nunca a partir dos Hospitais, SA), referi:"estabelecer normas para que os profissionais desenvolvam a sua actividade nestas Unidades, o façam a tempo inteiro". Aquilo que referes é a promuscuidade existente tantas vezes, entre o público e o privado. Daí, eu referir quando as coisas correm mal aos doentes, estes são empurrados para os Hospitais Públicos, para uma nova "reparação", porque o privado não tem condiçôes.Toda a gente sabe disso.

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  3. Eu sei pouco disso felizmente! Nunca na vida estive no hospital... (e agora pelo sim pelo não vou bater na madeira!)

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