É inegável o que Portugal ganhou nestas duas décadas e meia. Cresceu, normalizou-se, transformou-se, até, num país melhor. Cometeu erros pelo meio? Claro! Muitos até. Mas o maior deles não foi, ao contrário do que se vai ouvindo injustamente, o desperdício de fundos. Foi, sim, ter-se habituado mal. A Europa hoje, tal como então, não é uma muleta para o País se acomodar - é uma alavanca para que este possa crescer mais e melhor.
No meio da maior crise europeia da sua história, em que terá de decidir se avança para maior integração ou arrisca a fragmentação interna, o destino de Portugal está cada vez mais preso ao da própria União Europeia. Recuar não é um cenário aceitável ou, sequer, possível. Avançar para essa integração económica mais avançada é, porém, um caminho com riscos e sacrifícios inevitáveis.
Por isso mesmo, Portugal - como a Europa - precisa de líderes fortes, conscientes, preparados para a impopularidade que o futuro, inevitavelmente, lhes trará. Precisa de um comando tão forte como os que Mário Soares e Felipe González, há 25 anos, deram aos países ibéricos, para fazer de um projecto um caso de sucesso.
Também por isso, foi bom ouvi-los estes dias, nos Jerónimos, em Lisboa. Para nos lembrarmos de que não basta eles terem feito história. Agora, é preciso honrá-laVinte e cinco anos depois da adesão à então Comunidade Económica Europeia (CEE), Portugal está hoje preso na encruzilhada da Europa. É hábito dizer-se, a propósito do 25 de Abril, que os portugueses se acomodaram à democracia e que se esquecem de a valorizar. Hoje, mais do que nunca, a frase seria o mote perfeito para a nossa integração europeia.
É inegável o que Portugal ganhou nestas duas décadas e meia. Cresceu, normalizou-se, transformou-se, até, num país melhor. Cometeu erros pelo meio? Claro! Muitos até. Mas o maior deles não foi, ao contrário do que se vai ouvindo injustamente, o desperdício de fundos. Foi, sim, ter-se habituado mal. A Europa hoje, tal como então, não é uma muleta para o País se acomodar - é uma alavanca para que este possa crescer mais e melhor.
No meio da maior crise europeia da sua história, em que terá de decidir se avança para maior integração ou arrisca a fragmentação interna, o destino de Portugal está cada vez mais preso ao da própria União Europeia. Recuar não é um cenário aceitável ou, sequer, possível. Avançar para essa integração económica mais avançada é, porém, um caminho com riscos e sacrifícios inevitáveis.
Por isso mesmo, Portugal - como a Europa - precisa de líderes fortes, conscientes, preparados para a impopularidade que o futuro, inevitavelmente, lhes trará. Precisa de um comando tão forte como os que Mário Soares e Felipe González, há 25 anos, deram aos países ibéricos, para fazer de um projecto um caso de sucesso.
Também por isso, foi bom ouvi-los estes dias, nos Jerónimos, em Lisboa. Para nos lembrarmos de que não basta eles terem feito história. Agora, é preciso honrá-la".
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