domingo, janeiro 14, 2007

Declarações, hoje em Goa!

O Presidente da República defendeu hoje em Goa os princípios da flexisegurança, já questionados de forma negativa pelo PCP, Bloco de Esquerda e pelos Sindicatos, com maior enfoque nos da Intersindical.
Reforda-se que são princípios laborais que norteiam os Países da Penísula da Escandinávea, no campo do Emprego. Estas regras facilitam os despedimentos e aumentam o apoio ao cidadão, no desemprego, prestado pela Segurança Social.
O Ministro Vieira da Silva afirmou, no princípio do passado mês de Dezembro, que o modelo da flexisegurança era de difícil aplicação na Europa, sem deixar de introduzir o tema na nossa Sociedade. Urge agora, iniciar o debate acerca da matéria com o envolvimento de todos os parceiros Sociais. A população e as classes trabalhadoras vão-se apercebendo que a globalização não é mais um vocábulo para consumir em debates, mais ou menos profundos, de matéria económica e de melhor oferta no mercado das empresas. A globalização já começou, todos o sabem. Muitas vão ser as mudanças de emprego, sobretudo para os mais jovens que estão a entrar no mercado do trabalho. Essas mudanças quando se operam numa sociedade solidária, desejada por todos, devem ser sempre acompanhadas por redes de protecção social fortes para que a dignidade humana não seja afectada.
Uma sociedade será tanto mais competitiva quanto maior for a flexibilidade que tiver no mercado do emprego, desde que tenha condições reais de apoio para quem trabalha. Sendo assim, não devemos de meter a cabeça na areia e fugir á discussão do tema. Tal discussão até parece que ninguém a quer ter, porque na nossa cabeça funciona outra forma de segurança, vulgarmente conhecida "por direitos adquiridos". Mas isso já foi e lá vai! Agora vivemos num mundo global e o Presidente da República, depois do Governo falar no modelo da flexisegurança, fez muito bem em trazer a partir de hoje, a tal discussão para a praça pública. Portugal, sem deixar de ser solidário, tem que avançar no mercado do trabalho se quer ter uma economia sadia e próspera. Basta de épocas vividas, em que os portugueses viveram num mundo aparte, como se não fizesse parte de uma realidade que é a Europa inserida no mundo. Para além das reformas em curso, levadas a efeito nos últimos tempos entre nós, com tantos sacrifícos para todos e maiores para os mais desprotegidos, há a necessidade de segurança económica para que as famílias não sejam desagregadas. Venham discussões sérias, desprovidas de qualquer tipo de peias. Olhe-se para a Economia da nossa vizinha Inglaterra, onde as regras do mundo laboral são tão diferentes de Portugal.