Que me perdoe o Dr. Júlio Machado Vaz. Mas sou assíduo leitor do seu blog e ouvinte do programa matinal da Antena 1 "Amor é!...
Então vá lá, uma amostra da sua página: "17.000... Uma "pandemia evitável" que alimenta "um negócio obsceno" Fernando Madaíl
O aborto clandestino, defende Maria de Belém Roseira, "não é um problema de ordem pública, mas um problema de saúde pública". A deputada do PS até cita o título de um artigo publicado, em Novembro, na conhecida revista médica The Lancet, onde se definia aquele fenómeno como sendo, em países menos desenvolvidos, "a pandemia evitável".Ao apresentar, ontem, em Lisboa, o livro História do Aborto (Ed. 70), da autoria de Giulia Galeotti, para o qual escreveu o prefácio, a ex- -ministra da Saúde considera que se juntam, neste domínio, questões sociais, de saúde pública e jurídicas.Lembrando que as organizações internacionais fizeram sempre projecções sobre o aborto clandestino em Portugal, a defensora do "sim" recordava que o estudo que a Assembleia da República pretendeu lançar, ainda no tempo do Governo de Durão Barroso, era "tão complexo e profundo" que acabou por ter custos que exigiam um concurso público internacional - e, ainda hoje, está por iniciar. Neste momento, há o estudo da Associação Portuguesa para o Planeamento da Família, que teve uma "amostra representativa" e cujos resultados nos "interpelam de uma maneira brutal", revelando que se praticam cerca de 17 mil abortos por ano no nosso país.No entendimento da deputada, é a actual "solução legal que está a dar alimento a um negócio obsceno" como é o aborto clandestino. E, criticando vários aspectos da actual legislação, a ex-ministra refere que a lei só é aplicada às classes mais desfavorecidas ("ninguém consegue aplicar o Código Penal às portuguesas que abortam no estrangeiro"), só atinge uma parte dos intervenientes ("nenhuma mulher engravida sozinha") e só se aplica de vez em quando ("nada corrói mais um Estado de direito do que uma legislação criminal que não é aplicada").Admitindo que o aborto "não é nem nunca pode ser método de planeamento familiar", Maria de Belém considera que a melhor forma de debelar o "flagelo" é retirá-lo da clandestinidade. Até porque, conclui, no sistema de saúde será possível "identificar as mulheres que não querem abortar e estão a ser coagidas" pelo companheiro ou pelos pais."
Então vá lá, uma amostra da sua página: "17.000... Uma "pandemia evitável" que alimenta "um negócio obsceno" Fernando Madaíl
O aborto clandestino, defende Maria de Belém Roseira, "não é um problema de ordem pública, mas um problema de saúde pública". A deputada do PS até cita o título de um artigo publicado, em Novembro, na conhecida revista médica The Lancet, onde se definia aquele fenómeno como sendo, em países menos desenvolvidos, "a pandemia evitável".Ao apresentar, ontem, em Lisboa, o livro História do Aborto (Ed. 70), da autoria de Giulia Galeotti, para o qual escreveu o prefácio, a ex- -ministra da Saúde considera que se juntam, neste domínio, questões sociais, de saúde pública e jurídicas.Lembrando que as organizações internacionais fizeram sempre projecções sobre o aborto clandestino em Portugal, a defensora do "sim" recordava que o estudo que a Assembleia da República pretendeu lançar, ainda no tempo do Governo de Durão Barroso, era "tão complexo e profundo" que acabou por ter custos que exigiam um concurso público internacional - e, ainda hoje, está por iniciar. Neste momento, há o estudo da Associação Portuguesa para o Planeamento da Família, que teve uma "amostra representativa" e cujos resultados nos "interpelam de uma maneira brutal", revelando que se praticam cerca de 17 mil abortos por ano no nosso país.No entendimento da deputada, é a actual "solução legal que está a dar alimento a um negócio obsceno" como é o aborto clandestino. E, criticando vários aspectos da actual legislação, a ex-ministra refere que a lei só é aplicada às classes mais desfavorecidas ("ninguém consegue aplicar o Código Penal às portuguesas que abortam no estrangeiro"), só atinge uma parte dos intervenientes ("nenhuma mulher engravida sozinha") e só se aplica de vez em quando ("nada corrói mais um Estado de direito do que uma legislação criminal que não é aplicada").Admitindo que o aborto "não é nem nunca pode ser método de planeamento familiar", Maria de Belém considera que a melhor forma de debelar o "flagelo" é retirá-lo da clandestinidade. Até porque, conclui, no sistema de saúde será possível "identificar as mulheres que não querem abortar e estão a ser coagidas" pelo companheiro ou pelos pais."