Há mais!

Mário Soares e Jorge Sampaio falaram de uma maioria absoluta, há dias, para que Portugal se mantenha governável à partir das próximas eleições legislativas. A Sic Noticias veio na semana passada, mostrar uma sondagem que em que o PS rondava quase os 42%; arranjou dois comentadores, no qual estava incluído um militante do PS, julgo, ex sindicalista, e agora mais virado para esta matéria. Provaram quase que a maioria do povo português desejaria um governo minoritário, para eventuais coligações. Pasme-se! Só se estivéssemos na América em que as eleições decorrem à roda dos democratas e dos republicanos, com dois únicos partidos. Sabemos que cá isso não é assim. Há partidos à direita e à esquerda. Esses comentadores, à volta de grandes malabarismos opinaram, quase de maneira impossível, no desejo por parte dos eleitores do hipotético governo de minoria. Claro, entendo! Sabemos o desnorte em que vive o PSD, logo se torna necessário acalentar algumas esperanças a um eleitorado mais populista para manter o Partido que Sá Carneiro, Magalhães Mota e Pinto Balsemão criaram, para que ele se mantenha à tona de água e não desapareça: os resultados das sondagens para o PSD de Ferreira Leite apontam para isso, sempre que sai uma sondagem. A televisão de Balsemão só quis dar uma ajudazita ao PSD e ao mesmo tempo dar um contributo para os valores de uma democracia activa e participada. Sem chamas partidárias acesas a democracia enfraquece.
Falar das virtudes da maioria absoluta parece-me descabido. Falei nas considerações dos dois ex- presidentes da República acerca desta matéria focada, então, nos "media". Muito mais gente fala na sua necessidade em voz alta e muitos mais em surdina, que anonimamente o vão fazer nas urnas, quando do próximo acto eleitoral. Encontrei este texto, bastante fluente - O elogio da maioria absoluta - no vizinho d'o Jumento, bom de ler... Bom jantar!