quarta-feira, setembro 22, 2004

A indiferença do contribuinte!

Da última vez, falei dos míseros reembolsos que os Centros de Saúde vão pagando aos seus clientes quando o SNS não lhes assegura, no prazo conveniente, os serviços de que carecem. Hoje, venho trazer outra reflexão. Penso que essas curtas prestações existem só para os agentes da medicina fujirem aos impostos. É verdade! Alguns, até exibem impunemente, por trás das portas dos consultórios, o valor das consultas com ou sem recibo. Muitos, no acto de pagamento referem :" com recibo é tanto e sem recibo é...". O pagode como sabe que pouco recebe de comparticipação por esse acto médico que lhe foi prestado, tacitamente colabora na fuga ao imposto imputado e não querendo criar "chatices" ao "sôr" doutor, não exige o recibo.
Donde, se houvesse um preço estipulado para todos os actos médicos e com um rembolso justo e atempado, significaria que o cliente queria mesmo o recibo. O Estado (ainda há Estado?) cobraria mais impostos a estas classes que fizeram o curso à custa da nossa sociedade, e hoje demonstram pouca preocupação com isso, gritando, quase sempre, por propinas elevadas no Ensino Superior.
De certeza, que o utente ficaria com mais uns cobres no bolso quando tivesse de recorrer à medicina privada.Ganhava a justiça e a solidariedade social! E passaria a indiferença do contribuinte
Urge criar, urgentemente, um serviço que seja regulador do preço acto mádico/pagamento do cliente. Com incidência em todas as especialidades médicas, sobretudo nos cuidados dentários que os Cuidados de Saúde Primários não possuem e que muito deficientemente funcionam em poucos Hospitais. Os cuidados da Saúde Oral são fundamentais para o cidadão viver saudável.

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