quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Educação


Como agora estou a gozar alguns dos respigos do Carnaval, desfrutando um pouco de sol na minha 2.ª cidade eleita-Peniche, rapei da mochila na esplanada do meu café preferido em férias, tirei o meu netbook e deixando na tabacaria o DN, fui dando uma volta pelos jornais on-line. Esta crónica despertou a minha atenção e fica por aqui para aqueles que gostam de pensar como vai por cá o ensino. Não é que o bem jeitoso ministro da educação- Dr. Crato às ordens do nosso "primeiro" e do farisaco Gaspar têm em mente remeter educação para o pessoal endinheirado?... Raio de esperança, estes " senhores gajos" que nos governam, encontram-se já em roda livre, não só pelas tantas asneiras feitas, empobrecendo quem trabalha e cortando nas reformas aos reformados, mas também porque o ministro dos Negócios Estrangeiros vai fazendo das suas, como fez ao Dr. Durão Barroso, no outro governo de maioria de direita, prevendo-se que o barco abalroa depressa. A sorte dos portugueses é que eles aos poucos estão a colocar o seu governo fora de prazo aceleradamente por falta de medidas acertadas...as sondagens de popularidade atestam-no.

Deixo, as partes mais importantes da crónica para aqueles que não tenham tempo de ler o nosso coerente jornalista Baptista Bastos:
"Vejamos: um homem como Nuno Crato, procedente da extrema-esquerda e rendido às sereias da Direita, autor de lúcidos textos de análise reflexiva, como, por exemplo, O Eduquês em Discurso Directo, livro de referência; matemático distinto, não é assaltado por nenhum sobressalto das antigas inquietações?, quando sabe que está a decrescer o número de alunos do secundário e do universitário, e o conhecimento se torna cada vez mais distante, não? Crato não ignora que o ensino se defronta com cada vez maiores dificuldades; cortes, reduções e limitações dos mais absurdos, fazendo do estudo apenas uma possibilidade para elites endinheiradas. Para se obter uma bolsa quase é necessário atestado de esmoler. Abre caminho a tese da dr.ª Ferreira Leite, segundo a qual quem não tem posses não faz hemodiálise.
Os Governos encheram a boca de orgulho, com o elevado grau de qualificações dos nossos estudantes, afirmação que me pareceu exagerada, por desassociada da verdade. As qualificações são específicas: quanto a cultura geral a soma e o resto não se alteraram, em comparação com gerações anteriores.
Nuno Crato teria uma palavra de esclarecimento a dizer-nos, ele, que sempre recusara a metáfora como esconderijo. Há algo de impudor nesta combinação que mata, de torpeza e de discurso contingente. Estamos a ser, progressivamente, desafectados dos sentimentos e das razões formativas, com a cumplicidade relevante de pessoas que havíamos estimado e admirado."

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