terça-feira, fevereiro 28, 2012

Uma Crónica...


 ...No DN, de hoje, por Mário Soares! Deixo alguns aperitivos para condimentar a leitura de ideias bem lúcidas, perante os tempos que vão correndo:

..."A corrida às armas voltou a ser uma preocupação dos Estados, tanto dos grandes, a Rússia, a China, os Estados Unidos, que as fabricam e vendem, aos países mais pequenos, incluindo as armas nucleares, que continuam a proliferar. Um perigo e uma vergonha!"

..."Qualquer estudo sobre as primeiras décadas do novo século mostrará o recuo civilizacional que tem afetado o Planeta, dadas as crises financeira e económica, mas também social, política e até moral, que nos têm vindo a envolver." 

..."É certo que temos eleições presidenciais na França, que podem vir a constituir uma viragem política importante, se François Hollande ganhar, como espero, a Nicolas Sarkozy. E em 2013 haverá eleições na Alemanha, que deverão ser fatais para a Chanceler Merkel. O SPD voltará, creio, ao poder. Nessa hipótese, bastante provável, consumar-se-ia, necessariamente, uma mudança à Esquerda que levaria a União Europeia a ser de novo uma referência política, social e económica, em termos mundiais." 

..."A Igreja Católica em crise. Também a Igreja, apesar das aparências, parece estar com problemas. O Papa Bento XVI, há dias, presidiu a uma cerimónia de proclamação de 22 novos Cardeais, de maioria europeia. Portugal ganhou mais um Cardeal. A Europa, aos olhos do Papa, que vai fazer 85 anos e tem problemas de saúde, no que toca à sua mobilidade, é considerada uma "terra de missão". Porque deseja cortar cerce com o que chama "o declive do catolicismo europeu".

...". Crise profunda do capitalismo. Não sou eu que o diz. É Michel Rocard, socialista e ex-primeiro-ministro de França, na época de François Mitterrand. Com 82 anos, acaba de publicar um livro intitulado "Mes points sur les i". Não o li ainda, porque não chegou às livrarias portuguesas. Mas permito-me refletir sobre uma entrevista que deu a Le Monde de 27 de Fevereiro último. Diz ele: "o capitalismo entrou numa crise profunda, sem nenhum regresso à normalidade. Nada será como antes". E acrescenta "a Direita acredita que podemos trabalhar mais e voltar a ter crescimento. É falso. A sociedade de amanhã será radicalmente nova. Será menos mercantil e menos cúpida."  

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