segunda-feira, outubro 23, 2006

Contra a maré!


Manifestação de trabalhadores (Foto João Relvas/Lusa)
Manifestação de trabalhadores (Foto João Relvas/Lusa)

Todos exigem reformas do Governo. Mentira, exigem reformas desde que as mesmas não entrem na sua horta. São as entidades patronais e os Sindicatos. Ambos têm os seus "lobies" na nossa Sociedade. Se o Governo atendesse aos "lobies" não reformava, como aconteceu com todos os Governos que antecederam Sócrates, não deixando que o País se modernizasse. Cuidado! Foi sempre a voz das hostes, receosas, partidárias que imperaram. Façam as reformas e depois serão corridos. Tal aconteceu e nemhum 1.º Ministro reformou.
Os Governos foram cedendo. Sócrates não cede. Muitas são as exigências dos diversos Sectores da Sociedade. Os Jornalistas até falam de semanas negras do Governo, conjuntamente com os analistas políticos, como aconteceu com na semana passada. Ambos também vão perder regalais. Pois é! Falo da Caixa de Previdência dos Jornalistas e outras.
A maioria dos portugueses, a maior parte anónima, deseja que Sócrates continue a não ceder. É preciso reformar para que se construa riqueza e que a mesma não seja só para os protegidos que têm voz para sairem à rua, instigados e comandados pela Intersindical, sempre com os mesmos dirigentes desde o 25 de Abril, quase todos reformados, sem deixarem de segurar os seus "jobs". Agora, os privilegiados têm também a ajuda de muitos autarcas que também vêm fugir algumas beneses com a nova lei das Finanças Locais.
Para não restarem dúvidas vejamos o site da Caixa Geral de Aposentações. Veja-se em "lista de aposentados" do Mês de Novembro "novo", qual é a classe que tem maiores reformas e que mais "manif's" faz; é a classe dos professores, na rúbrica Ministèrio da Educação. Sabem, habituaram-se a vir à rua antes de qualquer OE aprovado. Meteram medo aos Governos e todos chegavam ao topo da carreira, sem muitos o merecerem. Compreende-se com tal visita, quando as reformas atingem algumas dos "ditos" sectores profissionais, porque é contestação salta para as ruas.
Sócrates está contra esta maré. Ainda bem!