sexta-feira, janeiro 27, 2012

Hum! Isso não é com os Oureenses!...

 (Imagem:inagr1beja.pt)
Os Oureenses andam todos preocupados e bem, embora distraídos; com a guerra dos hospitais do Médio Tejo. Entende-se! Vamos lá ver, sem muitas explicações a situação do Concelho de Ourém em todas as sua vertentes. Um Oureense que viva na cidade de Ourém, para não esticar muito a corda (há populações concelhias bem mais distantes), se necessitar de uma urgência hospitalar, tem-na no Hospital de Abrantes a mais de 75 quilómetros de casa, com uma hora e alguns minutos para realizar o percurso. Se, por acaso, não como regra, for encaminhado para o sobrecarregado Hospital de Leiria tem pouco mais de meia hora de caminho e cerca de 30 quilómetros a percorrer.

A população Oureense cifra-se, pelo censos de 2011, em 45.889 habitantes, os Torrejanos são 36.837, os Tomarenses 40.862 e o concelho de Abrantes tem uma população de 39.362 habitantes. Logo a população de Ourém é a maior e, tem uma população flutuante, na ordem de meia dúzia de milhões de visitantes ano, um leque invejável, proveniente do segmento do Turismo religioso, que visita a cidade de Fátima.

Os Presidentes das Câmaras de Torres Novas e de Abrantes já afirmaram publicamente que aceitam a reorganização imposta pelo Conselho de Administração do CHMT e estou de crer que a Câmara de Tomar, pelo que foi dado a observar pela reunião da sua Assembleia Municipal, que decorreu já esta semana, havendo para lá muita parra "clubista", mas quando se verificar o lavar dos cestos a posição a ser assumida, calculo, será igual a dos outros 2 Presidentes que detém dois dos três hospitais que compõem o centro Hospitalar do Médio Tejo. Engraçado: a população Oureense é a maior, faz parte do pacote assistencial desse Centro Hospitalar e não será ouvida, palpito, mas terá que correr para a cidade Abrantina em caso de necessidade.

Péssimo foi o Concelho de Ourém nada fazer desde a reforma hospitalar de 2008 e, ter contribuído pelo seu "ratio" populacional para a manutenção das urgências dos Hospitais de Torres Novas e de Tomar e os políticos do Concelho de Ourém (sabe-se lá porquê), sabendo que aquelas 2 urgências mais cedo ou mais tarde passariam a Urgências Básicas, como acaba de acontecer, enquanto Ourém reunia e reune condições para o tal Serviço de Urgência Básico, nada fizeram. Sempre o medo de perder votos...a alma é vendida ao diabo. Enfim!

Agora, espera-se que o poder e oposições autárquicas de Ourém saibam estar juntos, para reivindicarem junto do Poder Central um Serviço de Urgência Básico, onde os problemas diferenciados mais simples da saúde da população possam ser resolvidos ou, tenham uma triagem para os hospitais centrais.
A organização dos Centros Saúde nunca contemplará este tipo de serviço a funcionar 24 horas, pelo que deixe-se organizar com calma e convenientemente os C.S's, que devem caminhar para as Unidades de Sáude Familiares, segmento dos cuidados de Saúde Primários a que os Oureenses têm direito: também são cidadãos portugueses!

Fico por aqui a aguardar para ver. Hum! aquela coisa do CHMT não é bem com os Oureenses! A população merece todos os serviços de Saúde a que um concelho com a dimensão de Ourém tem direito. Não poderá ser um parente pobre dos concelhos vizinhos, logo não pode ser aleijadinha. Ourém é o motor económico da zona Centro Sul, portanto merece mais. Antes que apareça alguma iniciativa privada, que será bem vinda, na qual não gostava ver políticos ou ex-políticos misturados nos seus Órgãos de Administração, deve ter um um Serviço de Urgência Básico a funcionar. O local não interessa. Pode beneficiar da aproximação do IC9 a ser aberto aos transeuntes dentro de meses e beneficiar da aproximação a Fátima, pelo número de população flutuante no decorrer de cada ano.

Vamos a ver qual é o Partido que chuta primeiro ou se há algum que "chiba" a iniciativa. Os oureenses juntos conseguirão, o Concelho de Ourém não pode ser enjeitado do Poder Central, em matéria de Saúde.

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