sexta-feira, janeiro 20, 2012

Medo do dono

...às vezes somos levados a ler um pouco da imprensa local e ainda bem. Eu leio-a e, aprecio o trabalho dos jornalistas que diariamente, semanalmente, à quinzena e raramente ao mês nos trazem notícias daquilo que se vai passando nos nossos "burgos" ou, até mesmo à sua volta. Sabemos, que para esses profissionais nem sempre é fácil, se quiserem ter alguma independência face aos poderes localmente instituídos.Para os homens e mulheres que se dedicam a tais tarefas e que conseguem não despir a sua ética profissional, o meu grande apreço: repare-se, são sujeitos muitas vezes, a uma hierarquia "patronal" que nem  sempre é independente, face ao dever desinteressado de informar e formar os residentes. Enfim!...

Desfolhando um órgão dessa imprensa local verifiquei com alguma tristeza que o partido do poder- PSD, em determinada autarquia, só porque aí é oposição, se tem movimentado, até já com uma deputada "in loco" e faz comunicados sucessivos porque a passagem de um  itinerário complementar anula um "caminho vicinal", com alternativas a menos de 500 metros, só por uma mera  caça deslambida e vergonhosa ao voto de 10 ou 15 eleitores, enquanto muita da população lá residente não se preocupa nem se manifesta, face à anulação dessa passagem tradicional. Alimenta exacerbadamente uma vã esperança a alguns cidadãos capangas, como se tais modificações a fazer não custassem milhares de euros ao erário público. Esquecem ainda que Portugal está em crise, mas como nesse concelho são oposição f...-se  as dificuldades económicas  vigentes.
(foto: intintafresca.net)
A asneira anteriormente usada, da qual peço desculpa, reflete a minha raiva porque esse itinerário complementar, passados menos de uma vintena de quilómetros fura a A1 e não ficará com qualquer acesso a essa importante via, quando a menos de 7 ou 8 quilómetros se situa uma cidade que recebe  não só muitos milhares de turistas no decorrer de cada ano, mas também nega o acesso aos empresários da região, quer local, quer de outras zonas. E esses dirigentes locais membros do partido do poder central, e a ainda sua  própria deputada, com medo do dono do cão desistiram de lutar por uma boa reivindicação, que hoje pode custar poucos milhares de euros ( a maquinaria anda por lá) e no futuro serão milhões de euros. Enfim, dois pesos e duas medidas. Mais do que isso hipocrisia e política suja. Há coisas que têm que ser feitas hoje, para o crescimento da economia sustentada de Portugal e não podem esperar para amanhã, para o País não se afundar. A submissão partidária diminui a democracia, penso!

1 comentário:

  1. Caro Alberto Figueiredo

    Como seu conhecido e amigo lamento a forma como o senhor aborda o assunto, pois revela um grande desconhecimento sobre ele. Também a forma como trata os cidadãos que, como eu, lutam pela defesa dos seus direitos é incorrecta. Recordo-lhe que estava prevista uma passagem entre o Pinheiro e as Louçãs no projecto de execução do IC9 e que foi mudada a pedido dos senhores autarcas sem consultarem as populações, revelando grande desconhecimento do território que governam.
    Tenho comigo todo o processo que poderei facultar-lhe a fim de ficar mais informado.
    Aproveito també para o informar que não são 10 nem 15 pessoas mas praticamente toda a população do Pinheiro e Louçãs que está connosco e que assinou o abaixo-assinado, facto aliás vísivel nas manifestações feitas até ao momento e que poderá consultar através dda comunicação social.
    A população não está a soldo de nenhum partido nem por nenhum é manipulada, mas aproveita o contributo de todos.
    E pode crer que enquanto a passagem não for feita, mesmo depois do IC9 construído, a Câmara Municipal de Ourém, seja PS ou PSD, vai-nos ter à perna.

    Pinheiro, 24 de Janeiro de 2012

    Atentamente
    Paulo Santos Fonseca

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